Dancing in the dark +18

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Nygmobblepot 04.

.....

As pessoas dizem que nada é por um acaso, e bem, talvez isso fosse realidade. Tudo começou depois que ele havia atirado em Oswald naquele Cais. Talvez... estivesse arrependido, apenas talvez.
Mas ele não poderia ter deixado o gângster ter saido impune não é? Afinal, ele matou sua namorada. 
Varias pílulas eram tomadas, apenas para que Edward tivesse talvez um pouco de sua sanidade arruinada ainda mais. Cada vez, ele via Oswald de maneiras diferentes. Sempre com seu corpo úmido. Eles conversavam, brigavam entre si, Ed sentia falta de conversar de verdade com o passarinho, não apenas uma alucinação idiota.
Mas como ele poderia fazer isso se atirou em Pinguim? Isso não traria Isabella de volta, e não mudaria o passado. Três vidas retiradas por Nygma, bem, Isabella tecnicamente foi morta por Oswald, mas foi sua culpa o que houve. Se ele nunca tivesse se envolvido com ela...

Ele esteve ocupado ultimamente, desejando e buscando tantas coisas, almejando se tornar o Charada. Queria buscar alguem que o completasse assim como Pinguim o fazia antes de levar uma bala no meio da barriga. Mas ele estava fadado ao fracasso talvez sem a ajuda do passaro...
Edward inspirou profundamente, levando suas mãos ao bolso de seu casaco preto. Recuperou a caixinha, a pondo entre os dedos enquanto apressadamente removia uma pequena pílula. O moreno levou a mesma a boca, mordendo a parte gelatinosa, deixando que o pó se dissolvesse em sua língua, um gosto amargo e conhecido. Ele fechou os olhos, respirando pesado. E então, um clique soou, chamando sua atenção. Ed se virou para onde vinha o som, e Oswald estava ali parado a sua frente. O passaro caminhou lento até pegar um jornal a sua frente, o homem de cabelos aninhados como plumas negras sorriu lendo a manchete em voz alta. Atrás dele, seus rastros molhados manchavam o carpete.

— O Matador do Xadrez. Que aterrorizante. Será que alguem vai dormir sabendo que o matador do Xadrez está a solta? — A voz de Pinguim ecoou pela sala, sua frase dita em puro escárnio, e indignação também.

— É so um nome criado por algum picareta, hoje tudo vai mudar. — Ed respondeu a alucinação, que colocou as mãos sobre a mesa onde agora o jornal repousava. 

— Isso que está fazendo é um erro. — Oswald comentou, com desdém talvez. Suas orbes azul gelo encaravam o castanho escuro das iris de Nygma. O que ele ouviu a seguir certamente o surpreendeu um pouco, mas apenas um pouco.

— Eu não te perguntei nada. — Edward podia ser incrívelmente grosso e frio quando desejava. Mesmo que apenas fosse uma alucinação ali, o ex-forense viu o olhar do gângster mudar.

— Eu ja mostrei a você como ser Ed Nygma, um homem que poderia comandar o submundo, operar em sã consciência. Isso que está planejando é loucura! — Um pingo de raiva era percebido no olhar congelante e nas palavras dos lábios arroxeados de Pinguim.

— Não, isso é a frente do seu tempo! E o fato disso te assustar, é a confirmação que eu precisava! — Edward dizia, sua voz ficando firme enquanto a face de Oswald ficava rubra de raiva.

Ed, você não está dormindo, está usando drogas, está conversando com seu amigo morto! Só admita que está perdido sem mim ou então vai destruir tudo! — Pinguim gritou, mas Edward ja não parecia mais ouvi-lo, e pegou seu casaco o vestindo um tanto distraidamente.

— Eu tenho que ir. — Sua voz soou pela sala. E então subitamente um brilho avermelhado atingiu Edward. Quando ele se virou para ver o que era, uma das paredes estava avermelhada como sangue e brilhando. Oswald Cobblepot apareceu a frente daquela parede, 
Mas ele não estava como sempre, não, não. O grande Pinguim estava diferente... Cobblepot sempre foi muito bem vestido, várias peças de tecido caro cobrindo sua pele alva, Ele adorava se vestir com seus ternos caros, coletes adornados e gravatas perfeitamente alinhadas, mesmo quando em alucinações, seu corpo elegante em ricos ornamentos.
Mas hoje era uma noite especial. O torso magro do gângster estava nu, mostrando as pequenas sardas que adornavam o corpo do homem. Um pequeno colete roxo escuro e aberto estava ali também, pendurado sobre seu torso semi exposto. Da cintura para baixo apenas uma cueca de linho e seda com renda negra e roxa faziam contraste com e pele clara de pêssego. Uma cartola cobria a cabeça do passaro mafioso, suas mãos estavam cobertas por luvas de couro que subiam até perto de seus cotovelos. Cobblepot abriu um sorriso ladino em seus lábios agora rosados. Ele parecia completamente vivo, o olhar de Edward vagou pelo corpo do amigo, suas fartas coxas brancas parecendo terem sido esculpidas pelos deuses em contraste com o peitoral magro porém sensual de Oswald. 

Gotham Pride - One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora