(Só pra explicar, isso aqui é quando o Suna e a [S/N] ainda estavam brigados e ia rolar a festa de aniversário do Kuroo)Suna's point of view
Cheguei em casa e levei um susto com a Emi. Ela trabalhava lá em casa desde que eu era pequeno. Emi praticamente era minha segunda mãe já que meus pais viviam viajando enquanto esqueciam que tinham um filho.
Fechei a porta e cumprimentei ela. Emi me chamou pro almoço. Ela não gostava quando eu pulava refeição como de costume. Eu acabava ficando sem tempo por conta do vôlei e do colégio. Ela era uma das poucas pessoas que se preocupavam comigo.
Nós almoçamos juntos e conversamos sobre a vida no geral. Emi disse que minha mãe havia ligado perguntando se eu estava bem, como se ela realmente se importasse. Mas de qualquer forma, eu estava ótimo. Poderia muito bem mentir pra mim mesmo, mas que mal tem isso, não é mesmo?
Emi perguntou o porquê deu estar inquieto, até porque normalmente eu sempre fico calado, mas eu apenas mudei de assunto. Não tinha energia pra explicar o que estava acontecendo. Se eu pensasse pelo menos por um segundo na situação, eu era capaz de perder minha paciência, sem contar que não queria atrapalhar ela, ainda mais com os meus problemas. Eu terminei minha refeição e dei um beijo no testa dela.
Eu subi pro meu quarto e entrei no chuveiro deixando a água cair sobre meu corpo. Eu costumava acreditar que um banho quente resolveria meus problemas e tiraria toda energia negativa de mim, mas eu fui enganado pelas minhas próprias metáforas.
Não demorei muito pra buscar Kita. Se a [S/N] ia ou não, não faria diferença pra mim. Eu iria curtir essa noite.
A casa de Kuroo estava lotada. Eu entrei e peguei uma cerveja na geladeira. Eu fiquei no canto da sala
conversando com um povo que não era do colégio. As vezes o pessoal do meu ciclo enchia minha paciência. Eu gostava de conhecer gente nova e me enturmar com eles.Kita me olhava torto, parecia até que queria falar alguma coisa. Eu questionei ele sobre isso e ele apenas começou a me dar um sermão sobre o excesso de maconha que eu estava fumando. Eu apenas revirei os olhos e disse que ele não precisava se preocupar. Ainda insatisfeito, Kita chegou até a me aconselhar sobre a [S/N], porém eu não queria ouvir, até porque, eu não fazia muita questão.
Eu subi pro segundo andar tentando fugir de Kita. O segundo andar parecia mais cheio que o primeiro. Havia gente se pegando, entrando nos quartos, e principalmente usando drogas. Eu vi um cara com um tablete pequeno, o colocando em sua boca em seguida. Eu sabia muito bem o que era. Fazia tempo que eu não usava, desde a festa de uma ex amiga. Eu tinha parado de usar uma época, não queria me tornar um dependente daquilo, e causar desgosto pros meus pais "queridos", mas naquela noite, eu não queria saber mais quem eu era.
O cara me encarou de volta e percebeu o que eu queria. Ele fez um sinal para que eu me aproximasse. Ele me deu o doce em troca de dinheiro. Eu entreguei a grana pra ele, apesar de achar o preço caro. Ele já devia estar chapado, não que isso interferisse na minha vida.
Eu fui para o banheiro e saíram quatro pessoas lá de dentro. Eu nem queria imaginar o que tinha rolado ali. Eu coloquei o doce em minha língua deixando que a droga fizesse o resto. Fazia tempo que eu não usava, o gosto amargo me incomodou um pouco.
Após uns 20 minutos eu já começava a perder a noção. Eu sentia tremores e a minha temperatura corporal já começava a subir. Eu respirava rápido por conta do aumento dos meus batimentos cardíacos.
Tudo a minha volta estava distorcido. Eu queria mais. Eu ja nem escutava a música direito. Eu peguei uma cerveja em cima da mesa. Não sabia de quem era, mas espero que o dono não ligue. Quem deixa cerveja assim no meio de uma festa, era no mínimo idiota.
Kenma passou ao meu lado. No entanto dessa vez [S/N] não estava grudada nele como de costume. Não sei o que me impressionava mais, ele estar no meio dessa muvuca ou sem a [S/N] por perto. Ela teria vindo?
Balancei minha cabeça tentando não pensar nela. Não queria estragar minha noite, porém, minha noite estava prestes a acabar quando Osamu chegou na festa. Ele se aproximou de mim e falava algo, mas eu não escutava nada. Eu estava muito chapado pra entender qualquer coisa que ele dissesse. Osamu viu meu estado e me puxou pra fora, eu soltei meu braço de forma brusca
- O que foi, caralho - disse impaciente.
- Deixa de ser burro, Suna.
Eu ri.
- Eu que beijei a [S/N]. Fiquei sabendo dias depois do que rolou. Atsumu, aquele filho da puta mentiu pra você e fudeu com a vida da [S/N].
- De novo essa história. - Eu peguei um baseado no meu bolso. - Já tô farto disso.
Ele deu um tapa na minha mão fazendo com que eu derrubasse o baseado.
- Chega disso, Suna. Não tinha nenhuma gravação. Atsumu simplesmente falou aquilo.
- Você é um filho da puta, Osamu. - eu disse sentindo a raiva subir pelo meu corpo. - Ficou com a [S/N] por que caralho? Além de ter feito isso estragou com a minha noite.
- Ela chegou triste lá em casa por conta de você, e Atsumu aproveitou e falou aquilo.
- Essa é sua lógica? Ela tava triste e você resolveu dar um beijo nela? Tava pensando o que?
Eu queria tanto socar a cara de Osamu, mas por algum poder divino eu me retirei entrando novamente na casa. Osamu me chamava mas eu não dava a mínima.
Vi Atsumu sentado com duas garotas ao seu lado. Peguei ele pela gola e descontei toda a minha raiva. De repente, todas as minhas emoções estavam sendo liberadas. A cada soco na cara do Atsumu eu me sentia mais aliviado. Fiquei por cima dele batendo cada vez mais forte em sua cara. As meninas que antes estavam ao seu lado saíram assustadas. Eu já não media as consequências. Todos da festa pararam, alguns incentivavam a briga e outros tentavam separar. A briga foi desfeita assim que Osamu e Kuroo me agarraram pelo braço me puxando pra longe.
- Qual o seu problema, Suna? - Kuroo me empurrou pra fora.
- O problema é a porra do Osamu e do Atsumu. - fui impedido por Kuroo ao tentar voltar pra casa.
Eu ignorava qualquer coisa que eles falavam. Eu apenas queria ver a [S/N]. Eu precisava dela.
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Wishes
Fanfiction[S/N] presenciava mais uma mudança em sua vida, mas não só no sentido de mudar de casas, e estados, apesar dela não ter muitas expectativas para a cidade que agora fazia parte, ela não tinha ideia de que lá vivenciaria momentos únicos, na companhia...