Carpe Diem"Não temos mais nenhum vínculo"
As palavras de Suna repercutiam pela minha cabeça, ontem tinha sido o cúmulo para mim. Haru próxima de Suna me deixava extremante desconfortável e triste.
Além disso, minha mãe me deu uma bronca enorme por ter quebrado o celular, mas eu estava tranquila, eu não receberia aquelas mensagens por um tempo.
Ademais, cada dia, semana, eu me afastava mais dele. Eu já não sabia mais como ele estava, o que sentia, o que pensava. De repente, toda a minha segurança em relação a Suna tinha ido embora. Eu possuía medo de perdê-lo, o medo que só ia embora quando eu estava junto a ele.
Eu olhava o polaroid ainda sobre minha mesa. Recordar nossos momentos era extremamente desgastante.
A feição de Suna quando tudo acabou, afetava com a pouca sanidade que eu possuía. Seus olhos perderam o brilho, sua expressão de tristeza passou para raiva.
Acredito que um sentimento negativo tomou posse dele, mas não em relação a mim, e sim a confiança que ele havia depositado em todos os momentos que passamos juntos.
Eu pensava constantemente na mãe dele, como que existiam mães extremamente "protetoras" que não mediam as próprias ações. Ela seria capaz de prejudicar o próprio filho com base no que ela aceitava ou não. Eu queria salvar ele daquela mulher, mas o medo me prendia. A vida não é que nem as séries e filmes, eu não podia fazer absolutamente nada.
O que eu poderia fazer, mesmo sentindo dor e angústia, era desejar o melhor para o Suna, mas não ao lado de Haru, aquela miniatura da mãe dele, seria horrendo. Meu estômago embrulhava quando a cena deles juntos passava pela minha cabeça.
Foi um alívio contar o que aconteceu pelo menos para uma pessoa. Kenma ainda me dava apoio.
Eu e Suna tínhamos vencido tantos obstáculos juntos, estávamos progredindo e se entregando cada vez mais um para o outro, até que tudo se desfez bruscamente.
Ir pro colégio era difícil, visando o quão perturbador era ver ele do outro lado, sozinho, com as mesmas expressões de quando não nos conhecíamos, quando ele não confiava em ninguém.
Eu fiz mal para o Suna. Conhecia ele e sabia muito bem que ele estava quebrado assim como eu.
A proximidade com Haru, não passava de um disfarce, de uma atitude de desespero, talvez incentivada até mesmo pela sua própria mãe. Mas o fato de ser falso, não diminuía minha dor. As vezes eu até me questionava se aquilo era falso mesmo, ou se eu apenas estava criando um cenário falso na cabeça pra me sentir melhor.
Eu estava na biblioteca, procurando um livro pra me ajudar no próximo trabalho. Já tínhamos combinado o grupo, seria eu, Kenma, Kuroo e Suna...
Eu não fazia a mínima ideia do que aconteceria, ou de como o Suna me trataria, não que ele me trataria como um monstro, ele não era assim, mas a indiferença dele era pior do que dez socos na cara.
Quando Osamu desabafou comigo sobre, pensei até que ele estava exagerando um pouco. Eu não passei pelo que Osamu tinha passado, mas o olhar de insatisfação do Suna, deixava qualquer um receoso até de chegar perto.
Kuroo chegou logo após Kenma, Suna estava atrasado, eu ficava ansiosa pra vê-lo, mas ao mesmo tempo, eu não sabia mais como agir diante dele, era perturbador.
Quando eu me virei pra pegar meu estojo na mochila, eu direcionei meu olhar até a porta da biblioteca, e lá estava ele junto de Haru.
Ele continuava com aquela droga de sorriso. Suna direcionou o olhar até a mesa que eu estava por milésimos segundos, mas depois quebrou o contato visual.
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Wishes
Fanfic[S/N] presenciava mais uma mudança em sua vida, mas não só no sentido de mudar de casas, e estados, apesar dela não ter muitas expectativas para a cidade que agora fazia parte, ela não tinha ideia de que lá vivenciaria momentos únicos, na companhia...