Capítulo 4

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Finn

Não volto para casa do Kurt depois de sair. Sei que deveria, mas tenho muita coisa na cabeça e preciso de um tempo para pensar, para conseguir processar tudo, então decido caminhar.

Ando por poucos quarteirões antes de sentir meu celular vibrando no bolso.

- Alô. – atendo.

- Finn! Oi! – a voz do outro lado da linha responde. Eu sorrio ligeiramente.

- Ei, Mac. – falo

- O que aconteceu? Onde você está? – ela pergunta. Deixo escapar uma pequena risada.

- Estou em Nova Iorque. – respondo e tenho certeza que isso diz tudo.

- Ah.

McKenzie

Eu imediatamente percebo que há algo de errado. Posso não conhecer o Finn por tanto tempo, mas consigo entendê-lo. Quando ele diz que está em Nova Iorque, eu sinto meu coração afundar. Eu sei quem está em Nova Iorque e, se ele está lá, alguma coisa não está certa. Ele demorou meses pra chegar aonde chegou e, apenas nessa pequena conversa, posso dizer que ele voltou para o ponto onde estava quando chegou em Boston.

- O que você está fazendo aí? – pergunto. Nós tínhamos planos para hoje à noite e fiquei preocupada quando ele não apareceu e eu não consegui encontrá-lo.

No momento que Finn Hudson entrou na minha vida, prometi pra mim mesma que não me apaixonaria por ele. Mas me apaixonei. Eu sempre soube que ele ainda amava a Rachel, mesmo depois de tudo que ela fez e do quanto machucou ele, mas pensei que ele finalmente estava pronto para seguir em frente, e isso aconteceria essa noite. Eu pensei que ele estivesse pronto para seguir em frente comigo.

- Ela está grávida, Mac. – ele responde baixinho. Sinto todo o ar se esvair do meu corpo.

- O quê?

- Ela está grávida. – ele repete, completamente alheio ao fato de que suas palavras estão me machucando. Ele sabe que eu tenho sentimentos por ele, mas não sabe que eu o amo. Para ele, sou apenas McKenzie, sua melhor amiga, um ombro para chorar.

- E esse bebê é ao menos seu? – deixo escapar. Ele me contou tudo sobre o que aconteceu entre ele e Rachel, então preciso perguntar.

- Sim. – ele responde.

- Como você sabe? – pergunto

- Acredite, eu sei. – ele responde. – Eu conheço a Rachel e sei quando ela está mentindo. – ele fala.

Engulo o nó que se fez em minha garganta e enxugo as lágrimas que começaram a escorrer. Eu odeio Rachel Berry mais do que qualquer coisa nesse mundo. Ela tem tudo que eu quero e nem sequer dá valor a isso. Eu odeio que ele a conheça tão bem, e odeio ainda mais o fato de que ela sempre vai conhecê-lo melhor que eu.

- Ah. – é tudo que consigo dizer.

- Pois é, eu vou ser pai. – ele fala, e quase soa feliz com a afirmação.

- Parabéns. – falo.

- Obrigado. – ele responde, e eu sei que ele está sorrindo agora.

- E então, o que você vai fazer? – me vejo perguntando.

- Bem, eu ainda não conversei com a Rachel, mas eu acho que vou terminar o semestre e então pedir transferência. – ele fala.

- O quê? – eu me engasgo. Ele vai deixar Boston. Ele vai deixar Harvard. Ele vai me deixar.

Songs of the heartOnde histórias criam vida. Descubra agora