Capítulo 14

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Finn

Me sento na mesa do pátio, com meu copo de café, e abro meu livro. Tenho uma hora antes da próxima aula, então decidi aproveitar o sol de hoje. Depois do final de semana que tivemos, eu realmente preciso de um café bem forte. Nossos pais chegaram na sexta-feira, junto com o restante do grupo. Entre muitas compras e viagens para conseguir levar o restante das coisas que precisávamos para o bebê, além do levantamento de várias caixas e móveis, ainda tive que ajudar Blaine e Puck. Estou completamente exausto e não fiquei surpreso por ter encontrado Rachel ainda dormindo as 9 da manhã, quando saí de casa. O final de semana foi cansativo para ela também.

Nossos pais ficaram com a gente, e não irão embora até essa manhã, então tive que dormir com a Rachel durante o final de semana, enquanto Hiram ficou com a minha cama e minha mãe ficou com Kurt e Blaine. O estresse, adicionado aos meus hormônios, não facilitaram minha vida. Dormir com a Rachel é uma coisa que preciso parar de fazer. Não sei por quanto tempo vou conseguir me controlar, antes de acabar fazendo algo que ainda não estamos prontos para fazer.

- Oi, sumido. – uma voz interrompe meus pensamentos.

Eu levanto a cabeça e tenho que apertar os olhos para enxergar Mac.

- Oi. – sorrio.

Essa é a primeira vez, em duas semanas, que conversamos pessoalmente. Claro que nos vimos durante algumas aulas e falamos rapidamente pelo telefone, mas tenho a evitado a todo custo.

Ela então se senta ao meu lado.

- Você tem estado muito ocupado nos últimos dias. – ela comenta, e eu posso ouvir a tristeza em sua voz. Me sinto mal com isso.

- Sim. – eu aceno com a cabeça.

- Fui até seu apartamento no final de semana e seu vizinho disse que você tinha mudado. – ela diz.

Droga.

- Sim, semana retrasada. – respondo.

- Ah. – ela fala. – Para o lugar que Santana comentou?

- Sim. – sorrio.

- Eu adoraria conhecer. – ela fala.

Merda. Posso ver dois possíveis rumos para essa conversa: eu invento uma desculpa e vou adiando até onde conseguir, ou apenas conto a verdade. Existe também a opção de convidá-la quando Rachel não estiver em casa, e rezar para que ela nunca descubra, mas essa opção não funcionaria. Eu prometi para mim mesmo que não quebraria mais promessas para Rachel e não vou começar com essa mentira.

- Sim... – eu forço um sorriso.

- Desembucha, Finn. – ela diz.

Eu respiro fundo: - Eu prometi para Rachel que não faria isso.

Ela estreita os olhos e eu sei que vou me arrepender disso.

- Que não faria o quê? – ela pergunta.

- Te convidar para ir lá. – eu digo. Vejo sua expressão desanimar e me sinto péssimo por isso.

- Ah. Então vocês dois... estão juntos? – ela conclui.

- Não, não estamos. Mas todas as vezes que você está em contato com a Rachel, você intencionalmente faz alguma coisa para chateá-la. Por isso, ela não quer que você nos visite até mudar seu comportamento, e eu preciso respeitar o desejo dela. Na condição que ela está, a última coisa que ela precisa é de estresse desnecessário. – explico.

- Essa é a opinião do médico ou sua? – ela pergunta, irritada.

- Minha. – eu devolvo. – Ela está tendo um bebê, Mac, meu bebê! E eu não vou deixar que você a incomode. – digo.

Songs of the heartOnde histórias criam vida. Descubra agora