Capítulo 3

130 16 2
                                    

Rachel

It ain't no fun lying down to sleep
And there ain't no secrets left for me to keep
I wish the stars up in the sky
Would all just call in sick
And the clouds would take the moon out
On some one-way trip

Eu tiro as cartas da gaveta e ando trêmula em sua direção. Quero estender minha mão e tocá-lo, mas, pela expressão em seu rosto, sei que não seria acolhida, então volto para o sofá.

- O que é isso? – ele sussurra.

- Cartas. – respondo. – Recebi todas de volta. – acrescento calmamente.

Escrevi uma por semana, desde que ele partiu, mas assim como a primeira, todas voltaram ao remetente, dizendo não haver nenhum Finn Hudson no campus de Harvard.

Finn

Eu olhos para as cartas e vejo que todas foram endereçadas a mim, no campus de Harvard.

I drove all night down streets that wouldn't bend
But somehow they drove me back here once again
To the place I lost at love, and the place I lost my soul
I wish I'd just burn down this place that we called home
It would all have been so easy
If you'd only made me cry
And told me how you're leaving me
To some organ grinder's lullaby

- Eu não moro no campus. – falo e ela assente. Ela já percebeu isso, obviamente.

- Ninguém podia me falar nada. – ela fala.

Agora eu percebo o terrível erro que cometi ao não deixar que ela tivesse contato comigo. Poderia ter deixado que ela me mandasse essas cartas, então eu saberia sobre o bebê que ela está carregando.

Caminho até o sofá e me sento ao seu lado, meus olhos voltados para sua barriga.

- Está de quanto tempo? – pergunto

- 27 semanas. – ela responde.

- Uau.

- Sim. – ela sorri timidamente.

- Por que não pediu que Kurt me contasse? – pergunto. A vejo abaixar a cabeça.

- Eles não sabem. – ela fala.

- O quê? – pergunto, surpreso.

- Eles não sabem, eu ainda não contei.

Eu deixo escapar uma pequena risada.

- Acho que é bastante óbvio. – respondo.

Vejo seus olhos escurecerem.

- Essa roupa é nova, eu tenho usado roupas largas. – ela admite e então vejo seus ombros começarem a chacoalhar. – Eu queria que você soubesse primeiro. – ela começa a chorar. – Mas eu tive que contar para a Santana, porque eu precisava ir ao médico, e na próxima semana eu começo com as aulas de parto e não tinha ninguém para ir comigo. – ela continua, chorando.

It's hard, so hard - it's tearing out my heart
It's hard letting you go

Eu hesito por apenas um segundo, antes de puxá-la para meus braços.

- Shh, está tudo bem. – asseguro.

Eu deixo que ela chore contra meu peito, enquanto acaricio seu cabelo, tentando acalmá-la. Sinto falta de estar perto dela, de sentir seus cabelos, de apenas me sentar com ela assim.

Por fim, ela se afasta e enxuga as lágrimas com as costas das mãos. Posso dizer que ela está constrangida por ter desabado na minha frente.

- Então... o que você está fazendo aqui? – ela finalmente pergunta.

Songs of the heartOnde histórias criam vida. Descubra agora