VII

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Hey Guys, desculpe a demora, mas aqui está mais um capitulo saindo diretamente do forno, espero que gostem.

Desculpe qualquer erro e boa leitura

Meus pensamentos estão disparados demais (você, eu, suas coxas, seu telefone, Draco), e quando fico assim só há um lugar aonde posso ir

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Meus pensamentos estão disparados demais (você, eu, suas coxas, seu telefone, Draco), e quando fico assim só há um lugar aonde posso ir. Caminho até a livraria, vou até os fundos e destranco a porta do porão. Eu a fecho atrás de mim e fico em pé no vestíbulo que para Curtis, para qualquer um, parece um depósito. Pego no bolso a chave de verdade, a chave que destranca a porta seguinte, a barricada final entre a livraria e o porão à prova de som. Tranco a porta atrás de mim e quando chego ao fim da escada estou sorrindo, pois lá está ela, nossa bela, enorme, o bestial cercado: a gaiola.

"Gaiola" não é realmente a palavra certa, Harry. Para começar, é enorme, quase tão grande quanto toda a seção de ficção lá em cima. Não é uma desajeitada armadilha de metal que você encontraria em uma cela ou uma loja de animais. É mais uma capela que uma gaiola, e não você ficaria surpresa se Frank Lloyd Wright tivesse dado uma mãozinha no projeto, com as puras vigas de mogno tão suaves quanto são pesadas. As paredes são de um soberbo acrílico, inquebrável, mas que permite a respiração. É divina, Harry, você verá. Na metade do tempo, quando colecionadores assinam cheques gordos por livros velhos, acho que estão sob o feitiço da gaiola. E também é prática. Há um banheiro, um pequeno reservado com um toalete minúsculo porque o sr. Borgin nunca subiria para "algo tão banal quanto movimentos intestinais". Os livros estão em prateleiras altas acessíveis apenas subindo uma escada. (Boa sorte, ladrões.) Há uma gaveta deslizante na parede da frente, do tipo que eles usam em postos de gasolina em uma vizinhança pouco respeitável. Destranco a porta e entro. Estou dentro, ergo os olhos para os livros e sorrio.


— Oi, pessoal.


Tiro os sapatos e me deito no banco. Cruzo as mãos atrás da cabeça e conto aos livros tudo sobre você. Eles escutam, Harry. Sei que soa loucura, mas escutam. Fecho os olhos. Lembro do dia em que recebemos esta gaiola. Eu tinha 15 anos e trabalhava com o sr. Borgin havia alguns meses. Ele me disse para encontrá-lo no caminhão às oito em ponto. Eu fui pontual, mas os entregadores da Custom Acrylics não apareceram até dez horas. O cara atrás do volante buzinou e acenou para que saíssemos. O sr. Borgin me disse para observar enquanto o motorista gritava acima do motor.


— Aqui é a Borgin & Burkes?


O sr. Borgin olhou para mim, desgostoso com "filisteus" que não se davam o trabalho de ler a placa acima da loja. Ele olhou para o motorista.

— Está com minha gaiola?


O motorista cuspiu. — Não consigo colocar esta gaiola nessa livraria. Tudo está em pedaços, cara. As vigas têm 4,5 metros de comprimento e as paredes são largas demais para passar por aquela porta.


— As duas portas abrem — disse o sr. Borgin. — E temos todo tempo do mundo.


— Não tem a ver com tempo. — Ele fungou e olhou para o outro cara no caminhão, e eu soube que não estavam do nosso lado. — Com todo respeito, normalmente montamos estas bebezinhas em quintais, mansões, grandes espaços abertos, sabe?

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