Há uma garota que eu demiti há dois anos. O nome dela era Myrt, o que era irritante. O nome de batismo era Myrtle Isabel, mas ela queria ser original e toda essa babaquice. Myrt era um pesadelo. Agia como se nos fizesse um favor aparecendo. Sugeria livros de Meg Wolitzer para todo mundo, até mesmo para homens asiáticos velhos. Quando tinha de dar troco, relutantemente oferecia um punhado de moedas e obrigava o cliente a esticar a mão sobre o balcão para pegar. As pessoas odiavam Myrtle. Ela pedia lattes extra quentes, e pelo menos três vezes por semana voltava ao Starbucks e reclamava, embora um latte extra quente não permaneça extra quente após uma caminhada de dez minutos no frio. Mantinha um livro no balcão para garantir que todos soubessem que estava lendo Edwidge Danticat ou qualquer autora que escrevesse sobre as minorias do momento e pela qual todos deveriam estar muito empolgados. E lia New Yorker, significando que 98,9% de suas conversas, enquanto fazia faxina, começavam com "Você viu aquela matéria na New Yorker..." Nunca dava descarga no vaso quando mijava, alegando que seus pais a tinham ensinado a poupar. Mas o mijo dela fedia, porque era uma vegetariana que vivia basicamente de aspargos. Usava óculos idiotas, tinha um namorado na faculdade de medicina e quando estava no balcão ficava sempre encolhida e com o corpo enrolado em um cardigã de lã sem forma, fazendo os clientes sentirem que a estavam incomodando.
Quando a demiti, deixei um bilhete dizendo que o último cheque estava no banheiro. E o deixei no vaso cheio de seu mijo com cheiro de aspargos. Ela nunca apareceu novamente. Trabalha em uma organização sem fins lucrativos e é casada com o médico, que deve ser a segunda pessoa mais irritante do planeta Terra simplesmente por ser casado com ela. Em termos de pura irritação, nunca conheci ninguém que chegasse aos pés de Myrtle Worthington, salvadora do meio ambiente, nascida em Portland, Maine, mas desejando ser de Portland, Oregon. A vaca deveria simplesmente ter mudado para lá. Mas eu a invejava, mesmo. Ela era tão serena, tão inabalável. Nunca se impressionava com nada. Conseguimos um James Joyce autografado, ela deu de ombros. Ela me fazia muito consciente de mim mesmo. Eu odiava querer impressioná-la e odiava ser tão facilmente impressionável, cheirando a tinta morta no James Joyce. Estou impressionado, agora mesmo, neste táxi com você. Não pude acreditar quando você quis me levar a uma festa na casa de sua amiga. Parece cedo para apresentar os amigos, mas você insistiu. E eu ficaria nervoso de qualquer forma, porque não sou uma pessoa de festas, mas
estou duplamente ansioso porque não estamos indo a uma casa qualquer. Estamos indo à casa de sua amiga Ginny Weasley. O táxi nos sacode, não estamos acostumados a andar de táxi juntos, e tento relaxar, mas você não é a garota do Corner Bistro. Também estou orgulhoso pra cacete de meu trabalho com Draco (o sr. Borgin e Curtis não têm ideia!), e não quero, acidentalmente, começar a me vangloriar de como sou um bom gerente.Então me empolgo, como um otário de olhos arregalados.
- Weasley. Isso é alguma coisa.
- É - você diz. - Ela é parente dele. Algo assim.
Myrtle não ficaria nervosa de ir a uma festa de uma Weasley, mas eu estou abalado. Não posso acreditar que estou prestes a conhecer um parente de J.D.
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Fanfiction"Tudo começa quando Harry J. Potter, entra na livraria do East Village onde Tom Riddle trabalha. Bonito, inteligente e sexy, Harry ainda não sabe, mas é o homem perfeito para Tom, que, a partir do nome impresso no cartão de crédito de seu cliente, p...