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A cabine daquele banheiro parecia pequena pros dois. O ar era denso e quente e faltavam palavras pra descrever a enchente de sentimentos que eles sentiam estando ali, se curtindo sem pensar no amanhã. A mão de Arthur marcava a cintura de Dante que estava em seu colo agora. Não sabiam quando foi que as coisas tomaram aquele rumo mas não queriam parar. Estavam uma bagunça com os lábios avermelhados e os cabelos bagunçados. Arthur segurou a barra da blusa de Dante e puxou pra cima arrancando o tecido e Dante sorriu pra ele. Um sorriso lindo.

- Dantezinho...

- Sim?

- Quando eu olhava pra você eu sempre sonhava em marcar sua pele branquinha, deixar marcas minhas por todo seu pescoço para as pessoas olharem e perguntarem: Quem fez isso? E você responder o meu nome...-Arthur segredou seu desejo bem baixinho

Ele não queria que Dante tivesse nojo ou medo de si. Seu lado safado era como uma fogueira de fogo grego, jamais se apagava. Mas Arthur se sentia a vontade o suficiente com Dante pra dizer o que queria, ou pensava e ele sabia que a sinceridade exagerada de Dante não ia permitir que o garoto ultrapassasse seus limites.

- Então eu te concedo esse desejo...Me marque, Arthur...

- Puta que pariu. Você mudou da água pro vinho, da onde veio esse Dante sem vergonha?-Arthur riu

- Também não sei, mas eu gosto de ter essa liberdade com você-Dante fazia um carinho na nuca de Arthur-É o seu efeito sobre mim...

- Ui, até arrepiei agora...-Arthur brincou e Dante riu

Os lábios do Cervero passaram a marcar a pele do pescoço branquinho de Dante. A pele alva agora tomava cor com algumas marquinhas vermelhas que logo ficariam roxas. Os dentes raspavam a pele do garoto que apenas deixava Arthur fazer o que quisesse consigo. Suas mãos agora agarravam com força o cabelo da nuca de Arthur, o Cervero havia deixado uma mordida em seu ombro que fez o corpo inteiro de Dante arrepiar. Eles não precisavam falar pra dizer que ambos estavam mais do que entretidos naquele momento e que não queriam parar. Os beijos de Arthur desceram trilhando um caminho de chupões até uma parte sensível do corpo de Dante. Antes de toma-lo com a boca, os olhos bicolor se encontraram com os de Dante que se sentiu queimar com aquele olhar quase felino. Arthur sem pudor algum sugou um dos mamilos de Dante que sentiu o cérebro esvaziar e um gemido baixinho lhe escapar escapar entre os lábios. Aquela era uma sensação muito boa e pra ele estava sendo umas das melhores coisas do mundo descobrir mais sobre seus gostos e seu corpo com alguém que confiava, com Arthur. Involuntariamente, se remexeu excitado e rebolou sobre o colo de Arthur que apertou sua cintura.

- Dante...E-eu não quero fazer isso aqui com você, sabe?

- Isso o que?-Dante questionou perdido

- Argh! Não me faça ter que dizer...-Arthur escondeu o rosto com a mão envergonhado

Dante sorriu de lado. Arthur era tão fofo! Ele apenas continuou o carinho na nuca do Gaudério que viu que não tinha pra onde fugir. Dante não ia entender o que ele queria dizer até ele dizer.

- Não quero transar com você aqui...Eu imagino que como eu sou seu primeiro cara tem que ser algo especial...

- Eu também não quero fazer isso...-Dante balbuciou

- Comigo?-A insegurança de Arthur resolveu passar pra dar um "Oi"

- Eu não quero fazer isso agora, mas quero fazer com você, se você quiser fazer comigo-Dante sorriu de lado, um sorriso fraco-Qualquer coisa que eu fizer com você vai ser especial. Mas se te serve de consolo eu também não me vejo fazendo isso com você aqui...Tão pouco sinto que estou preparado pra algo assim, uma primeira vez de cada vez...-Ele brincou se referindo ao seu primeiro beijo

- Se bem que para um banheiro de boate esse banheiro é bem limpinho, né?

- Arthur!-Dante riu

- Desculpa, quando eu não sei o que dizer eu falo bobagem!

- Então não fala, me beija...

E o clima voltou a esquentar denovo quando Dante arrancou a jaqueta de Arthur. Mas antes de continuarem Dante sentiu a necessidade de dizer aquilo. Ele precisava.

- Arthur, eu quero dizer uma coisa, ok?

- Pode falar...

- Eu posso não saber muito sobre relacionamentos ou qualquer coisa assim, mas eu quero você.

Arthur olhou nos olhos de Dante e sentiu seu coração acelerar. Por que ele estava dizendo isso?

- Eu sei que você tem suas inseguranças como eu também tenho as minhas, mas eu quero você, Arthur. Eu te escolhi e estou aqui com você, então vamos viver do hoje, sem pensar no amanhã, ok?

- Você quer me fazer chorar logo agora que eu estou de pau duro?

Os dois riram e sorriram. Pelo menos por agora Arthur podia se sentir seguro. Dante queria ele e sabem de uma coisa? Ele também o queria.

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