𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 17

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Eu não posso ficar grávida

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Eu não posso ficar grávida.

Um bebê! Não! Eu não posso engordar, deformar meu corpo, passar noites sem dormir e dias sem poder fazer nada além de trocar fraldas imundas. Não!

Mas foi um dia só. Um dia. Não teria como engravidar. Isso só acontece em novelas. Uma transa desprotegida e, do dia para a noite, a mocinha aparece grávida. Ridículo.

Na vida real não pode e não deve ser assim.

No passado, quando eu ainda era burra o suficiente para entender a vida, eu havia transado com o Bay sem camisinha e sem tomar remédios. Tinha sido uma burrice sem tamanho,mas por sorte nenhuma das vezes eu engravidei. Lembro que na época achei estranho, mas depois agradeci. Tinha sido melhor assim.

Mas agora... E não havia sido só o Bailey, eu também havia ido pra cama com Joshua. Várias vezes naquela madrugada...

— Pare de ser imbecil, Any Gabrielly! Para! — Falei para mim mesma enquanto enfiava um comprimido goela abaixo e bebia um pouco de água. — Acontece. Todo mundo pode esquecer essas merdas.

Além do mais, eu não podia perder a cabeça. Emoções fora de controle acarretam em problemas e problemas podiam acabar com meus planos de ter tudo que sempre quis. Tudo.

O maldito do Krystian não havia me ligado para falar do emprego que pedi a ele, mas isso teria volta. A maldita campanha dele dependia muito do meu marido. Bay havia doado bastante dinheiro e eu iria até o inferno para recuperá-lo, só para ver aquele imbecil chafurdando no próprio ego nojento dele.

E, depois, eu iria dar um jeito nos pais do Bailey, por que sem dúvidas era o pai dele que impedia que eu fosse trabalhar na empresa. Aquele estúpido do pai dele e a esclerosada da mãe, conseguiam sero casal mais irritante do mundo, principalmente porque viviam no meu caminho.

— Eu estava pensando...

Senti o corpo de Bay atrás do meu e abri um sorriso discreto, já que estávamos de frente ao espelho do banheiro. Ele abraçava meu corpo com delicadeza; Bay afastou meu cabelo para o lado e beijou meu ombro.

— Pensando...?

— Na nossa renovação de votos, no próximo mês.

Assenti.

Eu havia esquecido desse detalhe.

— Não acha que está muito em cima? Poderíamos organizar algo mais bonito e elegante se deixássemos para daqui uns quatro ou cinco meses...

— Não! Deusa, por que tanto tempo? Nós temos dinheiro, se quiséssemos poderíamos casar amanhã mesmo.

Esfreguei uma mão na outra e abaixei o olhar.

— Bom, é que eu queria encomendar um vestido bem bonito e especial... Não quero me casar com nenhum modelo chinfrim. Eu mereço o melhor e mais caro. Não acha?

𝑰𝒎𝒐𝒓𝒂𝒍 - 𝑨𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora