Parte II

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Por: Thaminy Liz

Eram 23h05, sim eu realmente estava preocupada, muito tempo havia se passado e Nicolie ainda não havia ligado, ela não mora tão longe assim. Pensei em ligar para sua casa, mas se eu o fizesse, os pais dela ficariam bem mais preocupados que eu – e o Sr Adriano Campbell tem um histórico de graves problemas cardíacos e hipertesão, então preocupá-lo não era uma boa ideia.

Meu pai havia chegado logo depois de Nick sair. Estava animado e veio chamando a família toda para ir ao cinema, como eu e meu irmão já estávamos assistindo a um filme – na verdade meu irmão, não eu, só conseguia pensava em Nick sozinha naquela noite – e eu estava a espera da ligação de Nicolie decidimos não ir. Meu pai concordou logo e disse que se nós quiséssemos poderíamos ir comer pizza no barzinho que tinha perto de casa, deixou o dinheiro em baixo do telefone e subiu para apressar minha mãe.

O telefone tocou inquieto, Anthony foi mais rápido que eu e atendeu:

- Alô! – eu fique pulando ansiosa na frente dele, ele fez um gesto pra que eu parasse e tampando o alto falante do telefone disse:

-Não, não é a Nicolie – em seguida gritou – Ô pai atende aí em cima, é o Pedro Henrique do escritório.

-Obrigado, filho, já vou atender! – meu pai berrou do terceiro andar. Anthony esperou que meu pai atendesse e desligou.

-Ah... Se acalma Liz... – eu o interrompi:

-Me acalmar? ...  Minha amiga ainda não me ligou, – meu notebook estava em cima da mesa de centro da sala – ela não entrou na internet, não ligou pro meu celular, nada, nenhuma notícia Anthony e você está me pedindo calma? Ela mora há 4 quarteirões daqui, 10 minutos seriam o bastante... – meus olhos enchiam de água e não consegui falar mais. Ele tentou:

-Thaminy Liz, ela deve ter encontrado um cara bonitinho no meio da rua e resolveu conversar. – fiz uma cara feia para ele – Não se preocupa, olha, de repente alguém está usando o telefone, a internet não está conectando e os créditos acabaram. – ele fez uma expressão despreocupada, eu consegui soltar um risinho baixo que logo se reprimiu – Relaxa maninha. – ele afagou minha mão.

-Anthony, prometo que vou tentar, mas enquanto isso – peguei o notebook e sentei no sofá ao seu lado. – eu vou continuar de olho.

Meus pais desceram, estavam muito bem arrumados não aparentavam uma saída para o cinema e sim para um restaurante cinco estrelas. Se despediram de nós e pediram à Anthony  que cuidasse de mim. Depois de mil e um conselhos finalmente saíram, iam pegar uma pré-estreia e não sabiam que horas voltariam.Fui até a cozinha buscar um copo d’água e pegar a pipoca que Anthony havia colocado no Microondas, senti que meu coração desacelerou um pouco, eu estava começando a me acalmar. Peguei a pipoca e despejei em uma tigela de vidro, grande o bastante para nós dois. Estava a caminho da sala quando me senti paralisar, minha cabeça começou a girar entorno da imagem de Nicolie, uma luz brilhante vinha em sua direção, o cenário girava por isso não conseguia distinguir nada: as formas pareciam estar vivas como se ouvem-se sofrido uma personificação humana, se moviam de um lado para o outro. O que estava acontecendo comigo? A preocupação estava me levando a extremos, eu já estava pirando com isso, que imagens eram aquelas?

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