Capítulo III - Difícil de Entender

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Por: Thaminy Liz

O socorro demorou um pouco, mas chegou. Nicolie foi colocada na maca, imobilizada e levada para ambulância.


Anthony queria que o acompanhasse de moto, mas eu havia prometido à Nick que nunca mais a abandonaria. Cumpri a promessa. Entrei na viatura, sentei em uma espécie de banco – não muito confortável – e peguei a ponta da mão de Nicolie, se ela pudesse sentir algo, queria que soubesse que eu não a tinha abandonado.

  Alguns minutos depois chegamos ao hospital local. Ela foi tirada rapidamente da ambulância, segui os médicos e a maca onde Nicolie estava. Eu ainda chorava, um pouco menos, mas chorava. Até que em certa parte do imenso corredor perto de uma porta um dos paramédicos me barrou:


-Daqui é com agente.

-Como assim? Ela precisa de mim. – eu observava por uma pequena “janela” na porta a maca entrando em uma sala.


-Fique aqui, já traremos notícias. Não se preocupe, ela vai ficar bem.


-Mas... – fui interrompida:


-Eu estou perdendo um tempo preciso para sua amiga. Faz assim ajude-nos: ligue para a família dela avise tudo que aconteceu e o mais importante diga que ela ficará bem.

 O médico foi para a mesma sala para qual levaram Nick.


 Fui para a sala de espera, percebi que Anthony ainda não havia chegado. Procurei pelo meu celular, liguei para a casa de Nicolie, não chamou mais de uma vez:

-Alô? Nicolie?


-Não Cléo, é a Thaminy... – tentei continuar sem sucesso:

-Thaminy minha querida, onde está Nicolie? Já está super tarde e ela ainda não apareceu em casa. – parei por um momento, olhei o relógio, realmente já eram 00h55 – Thaminy? Alô?

- É que... – como falar uma coisa dessas a uma mãe? – Está tudo bem. A Nicolie estava comigo, agora ela está em uma sala com os médicos...

-Com quem? O que aconteceu? Thaminy, me fala logo, eu estou muito preocupada.

-Se acalme, por favor, Nicolie sofreu um acidente, um carro a atropelou. Ela já está no hospital e está sendo cuidada. – O silêncio foi muito perturbador. O que eu havia feito? – Cléo?


 Ela chorava, percebi seu desespero:


- Quem fez isso com ela? Como ela está? – Cléo falava muito rápido.


-Cléo, se acalma. Os médicos disseram que vai ficar tudo bem. - Passei o endereço, desliguei.


 Poucos minutos depois, Anthony chegou empurrado por alguns enfermeiros fortes:


-Que droga! Me deixem, eu só quero saber notícias da garota. Por que eu não posso entrar lá? – Me levantei e fui até o lugar da confusão, eles já estavam levando Anthony para fora do prédio.


- Ei! – e os chamei – Podem solta-lo. – o que eu estava pensando? Que credibilidade eu tinha?


- Mas esse cara fez uma confusão enorme no corredor central. Pediram para tirá-lo do prédio.

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