Brilho da Noite

Parte II

Por: Thaminy Liz

 Enfim minha mãe chegou. A abracei.

-Não chore minha filha. – como se instantâneo qualquer vestígio de vontade de chorar se foi, senti alívio e uma paz muito grande que me acalentou.

-Mãe, ela vai ficar bem não é?

-Com certeza, Nicolie é forte. – fiz que sim ainda abraçada a minha mãe.

 Sentamos em um dos sofás, me encostei em seu ombro. Ela me olhou e perguntou com cautela:

-Filha, o que foi que você disse no telefone? Sobre umas... Visões? Eu entendi certo?

-Sim mãe – disse baixinho – Eu vi Nicolie sendo atropelada. Eu senti.

-Me conte tudo que aconteceu.

 Contei tudo a ela, desde o momento do pressentimento ruim na saída de Nicolie à queda na cozinha por causa da dor que senti na perna que de acordo com a visão havia sido atingida pelo carro.

 Minha mãe não me interrompeu e ouviu tudo com muita atenção, logo que terminei ficou em silencio com seus pensamentos e em seguida disse em um tom tranquilizador:

-Foi só sua preocupação.

-Dor e visões quando se está preocupada? Como pode? Não foi só minha cabeça.  Mas se não é imaginação, o que é? O que me fez sentir e ver o que estava se passando com Nicolie?

-Acho que já escondi isso por muito tempo – a olhei desentendida, ela tomou ar, e parecia que buscava mais que isso, ela buscava coragem – Você precisa saber... – mais uma pequena pausa e começou:

 – Há muito tempo atrás, no ano de 1800, o Dr. Thomas Mackenzie, fascinado pelos Seres Humanos, mas ciente de suas fragilidades, e temendo um conflito maior em Portugal, criou uma fórmula que acelerava o metabolismo das pessoas baseado em ômega 3, mas com isso ele conseguiu um resultado contrário. Ao invés de se curarem rápido e ficarem bem, as pessoas que foram testadas estavam envelhecendo e morrendo mais rápido. – Eu prestava atenção como quando eu era pequena e minha mãe me contava histórias para dormir, me senti com seis anos de idade naquele momento. – Assim, ele mudou certos elementos no soro ômega, que era injetado direto na corrente sanguínea. Na nova fórmula Dr. Thomas Mackenzie, acrescentou uma grande quantidade de ômega 3 mutado. Essa nova poção mantinha a pessoa... Hãn... Viva por mais tempo, digamos assim. As feridas cicatrizavam mais rápido, as dores existiam mais não eram longas, o corpo era mais resistente e envelhecia a uma velocidade bem mais lenta, a visão melhorada e a força não incrível, mas, tornava-se mais “potente”.

-Ah claro! E eu sou a mulher maravilha. – a olhava incrédula – a senhora quer me convencer que um cara fascinado em Humanos, mudou o DNA de algumas pessoas injetando um elixir e as deixou com superpoderes?

-Se você entende assim... – ela deu de ombros – Mas, eu ainda não terminei...

-Ah! Tem mais? Faltou a parte da Criptonita e o anel com luz verde?

-Deixe as piadinhas para depois. Eu não estou brincando Thaminy. – suspirei e continuei a prestar atenção.

- Dr. Thomas, os chamou de Fauls que relacionou de alguma forma com Elfos, os quase imortais. Quase por que não é tão difícil assim matar um Faul, precisa de tempo, pois seu coração demora a parar. E uma das principais preocupações de um Faul é...

-Lá vem... – ela me ignorou:

-A lua.

-Hãn? Quando foi que o elfo virou lobisomem?