Capítulo 11

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Havia um acesso no meu braço esquerdo, pingando soro na minha véia

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Havia um acesso no meu braço esquerdo, pingando soro na minha véia.

Depois de alguns calmantes eu estava realmente mais calma, observando atentamente a parede branca à minha frente.

O médico que me atendeu disse que muito provavelmente eu havia tido um problema na pressão, ela havia ficado alta devido ao nervosismo, provavelmente por conta de todos os preparativos para o casamento que eu venho enfrentando todos de uma só vez no último mês.

Mas eu sabia que não era nada disso.

Eu estava mais calma e não estava sentido que iria morrer devido ao desespero, porém, em contrapartida, minha cabeça não parava nem por um segundo sequer.

Não sabia mais o que eram as minhas memórias e as que não eram minhas.

Ou todas elas eram minhas?

Eu via coisas do passado, sabia que era sobre a outra Eveliyn devido a lembrança que Loki havia me mostrado há muitos dias atrás, porém, elas pareciam mornas na minha cabeça agora, não era como se eu estivesse vendo de longe, não mais, era como se eu mesma tivesse vivido aquilo.

Era terrível.

De repente, as coisas não pareciam mais fazer sentido nenhum para mim.

Por que eu estava ali?

Por que estava fazendo o que estava fazendo?

— Eveliyn?

Olhei para o lado e pela primeira vez, desde que conheci Loki ou das lembranças que agora apareciam aos poucos na minha cabeça que eu tinha dele, pela primeira vez, havia algo parecido com preocupação no olhar dele.

Nada de "mortal insolente" , "humana", ou qualquer outro adjetivo, apenas o meu nome.

— Você pode fechar a cortina e a porta, por favor? — pedi apontando na direção da cortina e da porta da pequena sala hospitalar.

Ele concordou parecendo ainda mais confuso pelo jeito que usei para falar com ele, Loki se levantou e foi em direção da porta, trancando e fechando a cortina da janela que mostrava o lado de fora daquela pequena sala hospitalar, as pessoas passavam de um lado para o outro, sendo enfermas ou não, sendo familiares ou não, sendo médicos, enfermeiros…

— O que aconteceu com você? — se sentou na cama ao meu lado e me olhou estranho.

Eu franzi a testa e soltei meus cabelos dos pequenos grampos que ordenavam meu penteado, até aquilo me incomodava no momento.

— Sendo bem sincera, eu não sei — respondi honestamente —, mas quero que você me escute com atenção, por favor, pode fazer isso?

Ele franziu o cenho e deu um pequeno sorriso ladino.

— Você está estranha, está tentando me assustar? Não é assim que funciona.

Neguei com a cabeça.

✓ NOSSO INFERNO | Loki [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora