Capítulo 21

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Eu tinha muito no que pensar e queria dar o máximo de mim para tentar colocar tudo no lugar, tentar montar o enorme quebra-cabeças despedaçado à minha frente, ao mesmo tempo em que tentava engolir e aceitar a recusa de Loki em querer ficar ao meu ...

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Eu tinha muito no que pensar e queria dar o máximo de mim para tentar colocar tudo no lugar, tentar montar o enorme quebra-cabeças despedaçado à minha frente, ao mesmo tempo em que tentava engolir e aceitar a recusa de Loki em querer ficar ao meu lado ou me aceitar como sua companheira.

As coisas estavam uma bagunça e eu não conseguia parar de pensar em como elas seriam dali para frente.

O que seria de mim e do meu futuro filho…

Pensei nas palavras de Loki sobre o bebê talvez não nascer como um humano mortal assim como eu.

Como eu faria se ele nascesse verde ou talvez roxo? Ou qualquer coisa do tipo?

Quer dizer, eu estaria de braços abertos a isso, mas e os outros ao meu redor?

Eu duvido muito.

Não saberia nem mesmo como explicar isso.

Ou talvez eu apenas tenha entendido errado as palavras de Loki, talvez ele apenas nascesse com uma mistura das nossas aparências, mas com dons incríveis e inexplicáveis, assim como o pai dele.

Eu gostaria de ter tido tempo para pensar mais no assunto, porém, o telefone que já havia tocado e parado de tocar mais de cinco vezes, me fez levantar, refém de seu barulho incessante, arrastei meus pés e corpo triste e cansado até ele.

— Eveliyn Fontainelles, pois não? — perguntei tentando limpar minha garganta e fazer da minha voz o mais clara possível.

Ruídos.

Foi a única coisa que consegui escutar do outro lado do tubo do telefone.

Uma respiração pesada e ruídos.

Repeti a frase de antes e esperei por uma resposta novamente, que não veio tão cedo, o que me fez repetir pela terceira vez e ponderar colocar o tubo de volta na armação do telefone, porém, a resposta veio, tardia, mas veio.

Um estrondo, seguido de um murmúrio e mais alguns ruídos revelaram uma voz tremida e cortada do outro lado da linha.

— Eve? Sou eu, Amélie.

Franzi o cenho e olhei para o aparelho em minhas mãos.

Ela nem precisava me informar para eu saber que havia algo de errado ali.

— Está tudo bem, Amélie? — perguntei aproximando ainda mais o aparelho em minha orelha e me atentando aos sons.

Ela limpou a garganta antes de responder.

— Tudo bem, eu gostaria de lhe fazer um convite — falou hesitante. — Que tal vir jantar aqui hoje?

— Claro, eu já estou indo.

Ela suspirou com minha resposta rápida do outro lado da linha e eu me despedi dela, logo desligando o aparelho.

Eu sabia que havia algo de errado ali, o que me fez não pensar muito antes de calçar meus sapatos novamente em meus pés e colocar meu casaco.

✓ NOSSO INFERNO | Loki [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora