Capítulo 2

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Nota iniciais: Capítulo fresquinho pra vocês!
Isso quer dizer que as atualizações serão semanais? Não, Jovem Padawn. O planejamento inicial é de postagens quinzenais.
O plot é antigo e a história está pronta, faltando só o final, que já está roteirizado. Resolvi revisá-la e postá-la porque estou com um projeto, fora do mundo das fanfics, que anda comendo meu juízo. Essa belezinha aqui tem sido minha válvula de escape quando o monstrengo lá trava.
Bom, é isto. Espero que gostem da leitura.
Ah, capítulo betado mal e porcamente por mim, qualquer erro grotesco, dêem um toque, por favor.

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O crepúsculo coloria o céu em tons alaranjados. A brisa fresca vinha como um indício muito bem-vindo de que o calor abafado, presente durante o dia, gradativamente costuma dar lugar a temperaturas mais amenas e agradáveis à medida que as horas passam e a noite se aproxima. 

— Então, você tem alguma ideia do porquê da convocação da Saori? - Após uns bons minutos de uma caminhada silenciosa, Ikki resolveu fazer a pergunta que lhe rondava a cabeça há dias, desde o contato feito pela deusa.


— Na verdade, não. Ela não entrou em detalhes comigo e quando perguntei se deveria me preocupar, a resposta que recebi foi que não era nada alarmante. - respondeu Shiryu.


— O que em se tratando da Saori é algo questionável e não tão seguro assim, já que ela tem uma capacidade absurda de se meter em problemas enormes e nos levar junto. - O tom zombeteiro usado por Ikki não disfarçava o quanto ele considerava verdadeira a sentença, nem o quanto ela era enfadonha e cansativa.


— Contra fatos, não há argumentos… - Shiryu viu-se obrigado a concordar, para completar o raciocínio em seguida. - Mas prefiro acreditar que não se trata de uma nova batalha com um deus que preza pela boa educação e bons modos e que declarou guerra com tanta antecedência.

  

— Você definitivamente é um homem de fé, Shiryu… - A frase foi acompanhada por um sutil balançar de cabeça, demonstrando certa incredulidade com a constatação. - Chega a ser comovente esse seu pensamento positivo regado à racionalidade, mas devo confessar que estou torcendo para você estar certo dessa vez. 


Os últimos raios de Sol desapareciam no horizonte quando os dois rapazes alcançaram a rua estreita e sem saída. Do lado esquerdo, duas casas dividiam um terreno consideravelmente grande; um balanço de madeira pendia no galho mais baixo de uma enorme árvore. À direita, mais à frente, uma casinha branca de portas e janelas azuis parecia saída de um conto sobre pescadores; talvez as cestas de palha trançada amontoadas e uma espécie de lavatório na pequena área coberta adjacente a ela fossem responsáveis por essa impressão. No final da rua, a casa de muro baixo destoava das outras construções. Além de visivelmente mais recente, sua arquitetura tinha um ar oriental, com o característico telhado de beiral recurvado nas arestas e grandes janelas. E foi até ela que eles seguiram.


Ao cruzar o portão aberto por Ikki, Shiryu foi totalmente envolvido pela atmosfera japonesa que o cercava. O pequeno lago no jardim, as lanternas de pedra, a engawa circundando a casa e o genkan ao lado da porta de entrada fizeram com que, por segundos, ele tivesse a sensação de estar quilômetros acima da linha do Equador e não em uma ilha do Pacífico Sul.

Depois do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora