Capítulo 41

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Sarah

Estou na aula e até que o assunto de hoje é interessante, a professora Circe está citando certas tradições de bruxarias.

— Bruxaria ancestral, bruxaria que venera deuses anteriores ao período histórico, tendo entre suas crenças principais a de que o ser humano não é superior aos demais animais e que tudo no universo segue o mesmo fluxo, por eles chamado de "Dança da Deusa". Tem também a tradição Alexandrina, contemporâneo de Gerald Gardner, fundou essa Tradição, bastante similar à Wicca, porém pertencente a outra linha iniciática e mais liberal quanto à exigência de nudez ritual. — Ela fala e todos rir. — Gente, vocês só estão aqui para aprender costumes diferente, quando saírem da escola, vocês vão encontrar diversas pessoas de culturas diferentes, vocês precisam respeitar e reconhecer que todas as tradições são importantes e valiosas. — Ela diz.

— E nós escolhemos isso? — Pergunto.

— Como a bruxaria em si não é uma religião nem é fundada em estrutura dogmática rígida, com o uso de tecnologias de informação modernas, grupos de praticantes puderam se expandir para além de fronteiras geográficas locais, o que levou a uma considerável multiplicação de tradições de bruxaria entre fins do século XX e início do século XXI. Então sim Sarah, não seguimos regras, seguimos nossos corações, onde você se sentir bem vinda e bem é o seu lugar. — Ela me responde. — A aula acabou e na próxima aula vamos falar mais sobre as outras tradições.

— Ei, pera ai, o Halaf prometeu invadir sua aula hoje. — Uma menina fala e todos começam a falar ao mesmo tempo

— Ele até tentou, mas eu sou mais forte que ele. — Circe fala rindo e saindo da sala.

Hoje os restos das aulas são ensinamentos humanos como eles chamam aqui, resumindo, matemática, química, física, geografia... Que saco, Collins ama essas aulas e eu não consigo entender isso, ele está do meu lado e desde ontem está bem quieto, não só ele, o Kevin também..

Já eu estou super feliz já que falei com minha amiga, claro que estou um pouco triste por ter que mentir pra ela, mas fora isso estou radiante, não vejo a hora de ver o Luke e dizer a ele que falei com ela.

°°°

As aulas passaram se arrastando, Kevin e eu só fazia reclamar enquanto o Collins estava feliz da vida. Ele disse que a matemática acalma a mente dele, louco.

— Vamos direto pro dormitório? Estou cansada. — Falo.

— Claro, minha preciosa. — Kevin fala e me abraça.

Collins me abraça por outro lado e começamos a andar. Quando chegamos eu me joguei na cama e pedi mentalmente para que o Madara viesse até a mim, ele veio e eu fiquei agarrada nele, logo pedi para a Ravena vir até a mim, fiz um carinho nela mas logo ela saiu, ela não curti muito afeto.

Vejo o Kevin fazendo carinho nela e ela deixa.

— Ravena, você não deixa eu fazer carinho em você, mas deixa o Kevin, isso é um absurdo. — Falo.

— Ela me ama. — Kevin fala e continua passando a mão nela.

— Tem algo errado. — Collins fala e eu tapo o meu rosto, o que é dessa vez? — Ficou frio de repente.

— Merda, o ar está pesado. — Kevin fala.

— Está no prédio. — Collins fala. Me sento na cama e fico olhando os dois.

— Collins, frio, ar pesado... Puta merda é um dementador. — Kevin fala e eu começo a rir.

— O nome é Shtriga, Kevin. — Collins fala e eu vejo que eles estão sérios, merda...

— O que ele faz e como lidar com ele? — Pergunto.

— Ele suga a energia das pessoas, as deixando em coma até a morte, isso quando suga devagar, porque se não for, pode levar a pessoa a morte em poucas horas. — Collins fala. Ele pega o telefone, certeza que vai ligar para o meu pai. — Seu pai precisa saber como matar esse bicho porque eu não sei, quase ninguém sabe por que eles são extremamente raros e quase nunca aparecem. — Collins fala com o telefone na orelha. — Phill, eu tenho quase certeza que tem um Shtriga no prédio. — Ele fala e eu olho pro Kevin.

— Ravena, vai ver se ele está no prédio ou fora dele. — Kevin fala e abre a janela e ela vai.

Começo a sentir frio, merda, quantas criaturas estranhas existem nesse mundo?

Muitas.

Olho pro Madara, ele sai da cama e para na minha frente.

Eles preferem crianças, mas sabemos que o objetivo deles aqui é vocês, eu sei como se mata um Shtriga, você precisa de ródio, para ser mais exato você precisa de uma adaga de ródio, ou bala de ródio, precisa acertar a cabeça e o coração.

Marada fala e eu rapidamente olho para os meninos.

— Ródio, precisamos de Ródio. — Falo. — Ele só morre se for atingido no coração e na cabeça. — Falo e eles olham pra mim sem entender. Collins ainda estava no telefone.

— Como sabe?

— Madara sabe, não eu. — Falo.

— Por isso eu te amo, seu coelhinho fofo. — Kevin fala.

Cachorro idiota.

Madara fala e eu ignoro, meu pai surge no quarto e a primeira coisa que o Kevin fala é.

— Você tem ródio?

— Que? — Meu pai fala confuso, mas logo ele parece perceber. — Sim, quer dizer, não. Ródio é o metal mais raro e valioso do mundo, claro que as Nathaways tem, mais não é uma adaga ou uma arma, é uma pedra.

— Como vamos matar esse bicho com uma pedra? — Pergunto.

— Magia, não podemos usar magia e transformar o metal em uma arma? — Collins pergunta.

— Até podemos mais tem um porém, só irá funcionar se uma Nathaway matar ele. — Meu pai fala e eu fico assustada.

— Mais pelo o que eu vi ele pode atacar com três metros de distância, e o alvo dele é a Sarah, não podemos deixar ela chegar perto dele para matá-lo. — Kevin fala.

— Não existe só uma Nathaway, — Collins fala. — Ou melhor, existem três Nathaway dois familiares que com certeza topariam participar de um encanto. — Ele fala e todos nós olhamos pro Madara. 

Lunae Magicae - Legado da NathawayOnde histórias criam vida. Descubra agora