Capítulo 84

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Sarah.

Vejo o Kevin um pouco irritado e eu entendo ele, eu também sinto ciúmes do demônio com o Collins, na verdade estou bem irritada...

— Amor, fica calmo. — Falo parando na frente dele. Ele está em pé do lado da mesa.

— Ele me irrita, mas estou de boa. — Ele fala.

— Vem. — Puxo ele para cozinha. Entramos e eu boto ele sentado em uma cadeira.

— Está pensando em dançar pra mim? Porque isso com certeza iria me acalmar. — Ele fala e eu começo a rir.

— Kevin, eu não sei dançar. — Falo a verdade.

— Ah, vamos lá, Preciosa, mexe esse corpo pra mim.

— Eu posso mexer de outro jeito mais tarde. — Falo.

— Isso é uma promessa? Diz que é uma promessa...

— É uma ameaça. — Falo e ele rir.

Fico na frente dele e ele bota as mãos na minha cintura, ele começa a mexer o meu corpo e eu vou acompanhando, boto minhas mãos em cima das suas e começamos a rir quando sentimos nossos corpos estremecer pelo contato.

— Fugiram e nem me chamaram? — Collins fala e olha bem pra nós dois. — Você está dançando pra ele? Você nunca dançou para nós.

— Eu... Eu não estou dançando. — Falo rindo da sua cara.

— Está sim, olha. — Kevin fala e começa a me remexer mais. — Viu, totalmente sexy.

— Dança princesa.. — Collins fala e puxa a cadeira e se senta ao lado do Kevin.

— Eu não sei dançar seus loucos. — Falo e faço o Kevin me soltar. — Hoje eu quero muito sexo. — Falo me sentando no colo do Kevin.

— Humm interessante. — Collins fala.

— Ei, vocês três... Sempre na putaria né. — Dylan fala entrando na cozinha. — Estamos indo embora.

— Vamos lá falar com o pessoal. — Falo.

•••

— Será que, será que temos que fazer tudo juntos? — Pergunto. Estamos deitados na cama olhando para o teto. — Tipo, o Kevin é um alfa e automaticamente Collins e eu também... Isso é bizarro, parece que não temos três vidas e sim uma só.

— Mas é exatamente isso, princesa, somos um só, seus pais já falaram sobre isso. — Collins fala.

— Será que existem mais coisas que não sabemos sobre essa ligação? — Kevin pergunta. — Afinal, só descobrimos que eu posso ser alfa agora, bom, nós somos alfas.

— Eu quero saber tudo. — Falo. — Fazer como meus pais fazem com a gente, precisamos passar tudo para nossos filhos.. Filhas. — Falo.

— Amor, podemos ter um filho. — Collins fala rindo.

— Sei, sei, mas a probabilidade disso acontecer é mínima. — Falo. — Queria tanto ter um menino, nunca levei jeito para lidar com meninas.

— Eu quero os dois, menina e menino. — Kevin fala.

— Eu realmente nunca tive preferência. — Collins fala.

Ficamos em silêncio por um momento e do nada vejo um vulto passando, me sento e fico olhando. Que merda foi essa?

— O que foi? — Kevin pergunta.

— Eu posso te sentir, aparece logo. — Collins fala e o íncubo aparece na nossa frente.

— Eu realmente não queria vir aqui, mas me envolvi em uma... Bom, só vim ver se você estava bem. — Ele diz olhando para o Collins

— Já viu, agora vaza. — Kevin fala.

— Não. — Collins fala rápido. — No que você se envolveu?

— Nada demais...

— Fala logo, porra.

— Me envolvi em um lance de possessão e fui ferido, como somos ligados achei que poderia ter acontecido algo com você.

— Porra nenhuma, demônio do caralho. — Collins fala com raiva. — Você tentou se machucar para ver se isso me afetaria, se fudeu, você pode morrer e eu continuo vivo.. Realmente achou que eu seria burro o suficiente para fazer uma ligação de duas vias? Quem não pode morrer aqui sou eu, você pode até ir para o quinto dia infernos que eu nem ligo.

— Seu merdinha filho da puta.. — O íncubo vem para cima de gente.

— Agora vai tentar me machucar? Sério? Pensei que fosse mais inteligente. — Collins fala.

— Você eu não posso, mas seus companheiros, quem sabe.

— Estaria quebrando outro acordo. — Collins fala.

— Então ele pode morrer que nada acontece com você? — Kevin pergunta com um sorriso.

— Não tem como matar um demônio, seu burro. — O íncubo fala.

— Ah, é aí que você se engana.. Eu disse que poderia ser pior que você... — Kevin fala. — O bom de ter amigos é que eles nos ajudam bastante. — Fico confusa, do que Kevin está falando?

— Vai me dizer que...

— Não, eu vou te dizer que tem duas maneiras de um demônio morrer e falta pouco para eu conseguir uma das duas opções que eu tenho para te levar para o inferno... Ou sei lá para onde, já que você já vem do inferno.

— Some, não quero você aqui.. — Collins fala.

Ele desaparece. Olho pros meninos mas logo paro no Kevin, ele vai ter que me explicar isso.

— Fala.

— Connor... — Ele fala e parece que o Collins entendeu tudo, eu continuo boiando.

— Precisa me explicar. — Falo.

— Preciosa, o Connor é como uma enciclopédia sobrenatural, ele sabe muitas coisas desse mundo, pedi um favor, e foi isso.

— Sabe que vem consequências se matar ele, né? — Collins fala.

— Sei, por isso não tenho a intenção de matar. — Kevin fala.

— Ok. — Falo e volto a me deitar.

Fico pensando nessa situação toda.. Será que vai ser normal nas nossas vidas receber visitas inesperadas de um demônio? ou de alguém tentando nos matar? Olho para o lado e vejo meus dois companheiros, se essa for minha vida daqui pra frente, eu acho que posso aturar se estiver com eles.

Uma vez, minha mãe enquanto contava uma das histórias da nossa família, ela me disse que o amor da nossa família superou tudo, e afirmou que o nosso amor sempre supera. Nossas vidas estão uma bagunça, mas eu quero superar tudo isso com os meninos, eu quero ser feliz e viver em paz com eles..

Lunae Magicae - Legado da NathawayOnde histórias criam vida. Descubra agora