Capítulo 88

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Sarah

— Porque eu estou aqui, seus merdinhas? — O Íncubo pergunta muito puto.

— Porque precisamos de você, infeliz. — Kevin fala com uma certa raiva.

— Me tratando desse jeito não irei ajudar vocês em absolutamente nada lobinho. — O íncubo fala olhando o Kevin de cima a baixo.

— Eu não consigo ter paciência com esse cara. — Kevin fala se levantando.

Estamos nós quatro no nosso quarto na escola e decidimos chamar o íncubo porque precisamos dele para nos ajudar com o plano do cavalo de tróia.. Se ele não nos ajudar, vai ser complicado matar aqueles babacas já que estamos em poucas pessoas.

— Cara, vamos conversar civilizadamente? — Collins fala olhando para o Demônio. O mesmo aponta para o Kevin como quem diz que o problema ali é o Kevin e não ele. — Kevin?

— Ta, eu irei ficar quieto, só termine logo com essa merda.

— Precisamos de você para matar algumas pessoas. — Collins fala e o demônio rir.

— Eu prefiro comê-las e não matá-las. — Ele fala e nós três levantamos as sobrancelhas. — Ta, elas morrem, mas morrem de uma forma nada sangrenta e sim prazerosa.

— Ta, não temos tempo para algo prazeroso, queremos algo sangrento mesmo. — Falo.

— Nossa, a Nathaway só tem carinha de anjo né? — Ele me olha de cima a baixo.. — É uma diabinha.

— Cara, cala a porra da boca. — Kevin fala

— Chega, vem.. — Chamo o Kevin. — Vem Kevin, deixa o Collins se virar com ele.

Entro para o banheiro com o Kevin, começo a tirar minhas roupas e ele fica me olhando numa mistura de surpresa, raiva e desejo.

— O que... — Corto ele.

— Vamos tomar um banho, se quiser algo a mais vai precisar se esforçar. — Ele abre um sorriso e começa a tirar as roupas.

Collins.

— Posso ouvir os dois se beijando no banheiro. — Ele fala e surge um sorriso no meu rosto. Ele quer me causar ciúmes.

— Os dois beijam bem, devem aproveitar. — Falo.

— Pode dar o troco comigo, eu deixo usar meu corpo. — Ele fala abrindo os braços e pisca pra mim.

— Qual é o seu nome? — Pergunto.

— Que?

— Qual é o seu nome? — Pergunto outra vez

— E porque quer saber, jovem Collins?

— Precisamos ser mais íntimos, não acha?

— Eu acho, na verdade acho muito. Eu poderia estar dentro de você agora mesmo.

— Ou eu dentro de você. — Falo e ele sorri.

— Não, Collins, eu estaria dentro de você e você estaria me pedindo por mais.

— Olha cara, sinto te dizer, mas eu só entro no buraco de duas pessoas e só uma pessoa entra em mim. Sendo assim...

— Quem você quer matar ?

— Vai me ajudar?

— Depende... — Ele fala e se encosta na cadeira.

— Tem algumas pessoas querendo me matar, descobrimos onde eles ficam e vamos até lá para matar todos antes que eles resolvam tentar me atingir.

— E eles querem matar só você, Collins? — Filho da puta.

— Não, nós três. — Oculto o fato que o Kevin é o alvo e não eu.

— E no que eu seria útil?

— Lembra da guerra dos gregos e troianos?

— Humm, então vocês querem um "cavalo de troia"? — Confirmo com a cabeça. — E esse cavalo seria eu? — Confirmo outra vez. — Eu devo admitir que eu pareço um cavalo.. — Ele fala e olha para o meio de suas pernas — Mas não posso ser seu cavalo.

— E porque não?

— Porque eu não quero, mas eu posso deixar você cavalgar em mim. — Ele fala e eu respiro fundo procurando em mim uma paciência que eu já não tenho mais.

— Ok, Aquimeri. — Falo o nome dele e ele fica me olhando, seus olhos ficam vermelhos mas não como os do Kevin, é algo mais escuro e profundo.

— Tchau, Collins... — Ele fala e some.

Filho da puta, ele não vai nos ajudar e agora a porra do plano fivou ainda mais complicado, quem com o poder parecido com o dele pode nos ajudar? Ninguém, absolutamente NINGUÉM.

Me levanto e vou andando em direção a porta do banheiro, abro a porta e vejo os dois na banheira, um de frente para o outro, Kevin está fazendo massagem no pé da Sarah e estão rindo não sei do que.

— E ai? — Sarah pergunta.

— Nada, o filho da puta não vai nos ajudar. — Falo me sentando no chão perto da banheira.

— Então temos que partir para o plano B. — Kevin fala

O plano B é basicamente ir até lá na cara e na coragem e matar todos que aparecerem na nossa frente.

O filho da puta do Aquimeri me paga, ele está me desafiando e isso é algo que só prejudica ele, a sua sorte é que agora eu tenho coisas mais importantes para lidar.

Saber o nome dele me deixa numa posição muito favorável, achar esse nome não foi nada fácil, mas o Phill é muito útil nesse ponto, o cara arquivou em sua mente mil Grimórios e depois que fui ligado ao Aquimeri ele virou um expert em demônios.

Quando toda essa merda acabar eu vou fuder esse demôniozinho de merda, ele vai aprender a colaborar comigo por bem ou por mal.

— Podemos fazer ele nos assistir transando, seria um castigo e tanto. — Kevin fala fazendo Sarah e eu rir. — Pensei alto..

— Isso seria uma tortura para ele. — Sarah fala.

— Já tenho planos para aquele demônio de merda, mas devo admitir que a sugestão do Kevin é ótima. — Falo rindo.

— Já ouviram falar em "O martelo das Bruxas"? — Kevin pergunta e eu olho pra ele com curiosidade.. Como ele sabe sobre isso?

— Já ouvi sobre isso. — Sarah fala.

— Durante o século XV, líderes religiosos ligados a Inquisição criaram o Malleus Maleficarum, "O Martelo das Bruxas" ou mesmo "Código Penal das Bruxas", que supunha que todas as bruxas se submetiam voluntariamente aos íncubos, pois acreditavam na existência objetiva dos espíritos malignos, sendo instrumentos do demônio. — Kevin fala.

— Anda pesquisando sobre íncubos? — Pergunto.

— Collins, você tem que parar de ficar surpreso com as coisas. — Ele fala e eu começo a rir.

— Ta, mais o que isso tem a ver com o Íncubos? — Sarah pergunta.

—De início eu também pensei que não tinha muita coisa, mas depois eu vi que podemos ferrar ele de algumas formas, mas isso não é assunto para o momento, precisamos focar na invasão. — Kevin fala.

— Eu também tenho pesquisado sobre Íncubos e acabei descobrindo muitas coisas, mas realmente não é o momento. — Falo. 

Lunae Magicae - Legado da NathawayOnde histórias criam vida. Descubra agora