15- Submundo

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Estava aproveitando minha noite com as meninas, abrimos meu estoque de bebidas e as duas, não sei como, mas elas colocaram música, eu já havia trocado a calça por um short e estava dançando pelo meu quarto com uma garrafa de whisky de fogo na mão, sinto os dedos de Dafne na minha cintura e começo a dançar junto com ela já que Parkinson estava abraçada com outra garrafa de bebida desabafando com ela

-Vamos concretizar nosso noivado, Müller?- a loira pergunta sussurrando em meu ouvido, levo minha mão até sua nuca e a beijo, sinto ela apertar minha cintura, puxo seus cabelos levemente e a ouço gemer, até que ouvimos o grito de Pansy e a música para, olhamos para a porta e os seis sonserinos estavam lá de boca aberta

-Jura? De novo? -Ares diz indignado

-Te amo irmãozinho- pisco pra ele que me dá o dedo do meio e pega a garrafa da minha mão sentando na minha poltrona

-Perdi logo as duas- escutamos Nott falar para Zabini

-Vamos levar isso para o salão comunal- diz Perseu a sua cópia idêntica que olham esperançosos para Apolo

-Por favor- diz Teseu implorando para o irmão mais velho

-Irmãozinhos, vamos mostrar para a sonserina como os Müller's fazem uma festa- Apolo diz esfregando as mãos uma na outra fazendo eu e Ares sorrir

-Vão- digo para os gêmeos que saem correndo sumindo da nossa vista, descemos as escadas logo depois com Dafne, Pansy, Blásio e Theo confusos atrás da gente

-Sonorus- Ares diz o feitiço amplificador da voz e aponta para sua garganta- Atenção, alunos sonserinos a partir dos terceiranistas, desçam aqui agora- Em menos de dez minutos, todos os alunos do terceiro ao sétimo ano estavam no salão comunal nos olhando confusos e alguns até assustados, mas logo viram o rosto para a porta assim que os gêmeos entram com uns quinze caixotes de bebidas levitando atrás de cada um

-Chegamos na hora- diz Teseu

-Façam os feitiços de proteção- diz Apolo aos gêmeos enquanto eu levito os caixotes até o meio do salão comunal

-Coloquem música- digo para Dafne e Pansy que logo sorriem concordando, e em menos de dez segundos, a música tocava pelo espaço

-Bem-vindos ao submundo- diz Ares ainda usando o feitiço amplificador

Todos começam a gritar e dividir as bebidas, sinto uma mão na minha cintura e olho para Nott do meu lado

-Acho que só vocês pra fazerem uma festa dessa proporção em menos de cinco minutos- diz impressionado

-Muito anos de prática- jogo os braços em seus ombros o fazendo sorrir

-Você me encanta cada vez mais, meu bem- ele diz dando um aperto em minha cintura

-Bom saber disso loiro- sorrio e o beijo, passo as unhas por sua nuca e ele mantém as mãos apertando minha cintura, quebramos o beijo pela falta de ar

-Ainda não acredito que você estava beijando a Dafne- o loiro sussurra no meio ouvido

-Acredite, se não tivessem chegado, estaríamos fazendo mais do que beijar e Pansy com certeza estaria no meio- digo sorrindo de lado e vejo seu olhar de pura luxúria, ele leva a mão para minha nuca apertando a mesma e me puxando para outro beijo ainda mais selvagem

-Cadê Dafne para que eu possa levar as duas lá pra cima?- ele começa a procurar a loira pelo salão

-Seríamos um trisal maravilhoso- digo lhe dando um selinho- Vou dançar

Sabendo que ele não iria me impedir saio correndo para o meio do salão, dançando com as meninas que estavam por lá. Ainda não vi Malfoy mas sei que ele levará um susto ao ver o tamanho da festa que fizemos em sua ausência, puxo a garrafa de bebida da mão de um dos gêmeos e agarro Pansy pela cintura dançando com ela

-Largou Nott agora?- ela começa a dançar junto comigo

-Por você, largo tudo- digo e ela pisca pra mim

-Vocês não vão acreditar no que eu ouvir Theodore falar para o Blasio agora, era sobre você, Ártemis- diz Dafne ofegante

-Diz logo- Pansy fala apreensiva

-"Bem que avisaram, que o sangue das brasileiras é quente"- ela repete as palavras do loiro

-Tenho a leve impressão de que é culpa minha- digo tomando um gole da garrafa em minha mão

-Você jura?- elas dizem como se fosse óbvio

-Que culpa eu tenho?- digo voltando a dançar agora agarrada a loira

-Vem se agarrar em mim não, você foi atrás do outro loiro lá- ela diz me afastando

-Chata- digo terminando a garrafa em minha mão- Vai atrás do meu irmão vai

-Estou indo- ela logo sai

-Acredita nisso?- pergunto pra Pansy que dá de ombros

-Vamos dançar, vem- ela me puxa pra subir na mesinha de centro e começar a dançar agarrada comigo

-Você vai me fazer matar Theodore hoje- digo em seu ouvido e a ouço rir

-Essa é a intenção- ela diz colocando as mãos na minha cintura- Mostre para esses sonserinos o que é ter sangue brasileiro, seja quente

Assim que Pansy termina de falar, começo a dançar do jeito brasileiro, usando a bunda e os quadris, incrível como ninguém desses europeus sabe rebolar. Passo a mão por todos meu corpo descendo até o chão escutando todos gritarem

-UMA MÜLLER, É UMA MÜLLER MEUS AMIGOS- ouço os gêmeos gritarem mas paro de dançar até que sinto minha mão na minha bunda e sei que é de alguém desconhecido, olho para trás e vejo o capitão do time de quadribol, Marcus Flint

-Qual é o seu problema?- digo o empurrando e descendo da mesinha de centro

-Dançando desse jeito, você queria o que?- ele diz como se fosse culpa minha

-Isso não lhe dá o direito a nada- ouço falarem atrás de mim e olho vendo Nott e Zabini, logo pularam encima do mais velho

-Você é escória no mundo bruxo- Nott diz o socando enquanto Blasio segura seus braços para que Marcus não fuja

-Ele é nosso- dizem meus irmãos envolta do corpo quase desacordado e ensanguento de Flint

-Não tem nada pra olhar aqui, podem voltar a dançar- Ares grita e todos desviam o olhar

-Vem vamos cuidar dessas mãos- puxo Theo- Obrigada Blasio - olho para o moreno que sorri e subi até meu quarto com o loiro

-Você está bem?- pergunto ao loiro

-Você que teve sua bunda sendo assediada pelo Flint e está perguntando se eu estou bem?- ele arqueia uma sobrancelha

-Você que está com a mão machucada- digo o óbvio- Me dê- peço a mão e ele me dá

-Diga o diagnóstico doutora, quanto tempo eu tenho?- ele faz drama

-Só precisa de uma Poção Ferida-Limpa, e ficará bem- vou até o armário que guardo as poções, encontro o frasco e ele me olha confuso- Os gêmeos se machucam bastante- Jogo um pouco da poção nos seus punhos

-Sinto muito por estragar a festa- ele bebe o líquido da garrafa de whisky que estava no chão do meu quarto de uma vez

-Fique tranquilo- olho pros olhos verdes quase azuis que ele possui

-Não sabia que conseguia dançar daquele jeito- ele diz colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha

-As brasileiras tem sangue quente- digo as palavras que ele disse ao Zabini

-Você ouviu?- ele pergunta nervoso e eu nego

-Dafne ouviu- explico e ele volta a ficar em silêncio

-O que seus irmãos vão fazer com Flint?- pergunta depois de um tempo

-Não sei, não me importo, só não podem entrega-lo a Snape, por conta da festa clandestina, então iram resolver sozinhos- digo bocejando logo depois

-Vem meu bem, vamos dormir- ele me puxa pra cama

-Deite comigo loiro- ele se ajeito do meu lado e me aninho em seu peito sentindo ele mexer no meu cabelo

-Boa noite meu bem- sussurra e beija minha testa

As lendas bruxasOnde histórias criam vida. Descubra agora