34- Alerta

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Ártemis Müller P.O.V

-Filha, vá chamar os outros- meu pai manda

-Sim, senhor- digo ainda encarando meu irmão que me encarava arrependido

Saio do escritório e vejo ando até a sala de estar onde todos estão esperando, presumo que os meninos tenha ouvido a discussão e não tenham deixado o restante entrar no cômodo. Encontro todos sentados no sofá em silêncio, assim que chego na sala eles me encaram

-Vamos- os chamo e todos se levantam

-Você está bem?- Theo pergunta pondo a mão nas minhas costas e eu assinto

Entro no escritório acompanhada de todos, vejo meu pai encarando Apolo enquanto balança o punho como se estivesse dolorido e meu irmão com a mão na mandíbula, se eu não estivesse com tanta raiva até poderia perguntar, mas sei que meu pai bateu nele por conta do que disse. Perseu é o último a entrar, portanto fecha a porta, logo indo para o lado de nossa mãe

-Estamos em alerta- meu pai- A guerra começou

-Já sabemos- digo impaciente

-Não vamos continuar aqui, vocês cinco escolheram não participar- minha mãe diz encarando nossos amigos- Então se quiserem, podem vir conosco- os cinco agradecem

-Nós sobrevivemos de uma forma- meu pai diz- Não chamando atenção, nós partiremos durante a madrugada

-Para onde vamos?- Perseu pergunta

-Vamos voltar para o Brasil- diz minha mãe

-Não vamos nos envolver em merda nenhuma- meu pai diz encarando Apolo que vira o rosto irritado

-Já disse que não concordo- Apolo resmunga

-E eu já disse que não me importo, eu ainda sou seu pai e patriarca dessa família, quando eu estiver frio em uma cova, então você vai poder fazer o que você quiser - meu pai grita batendo na mesa e Apolo assente calado

-Queridos, por que não vão ajeitar as suas coisas e depois desçam para o jantar?- Minha mãe pergunta aos nossos amigos que se encaram confusos mas assentem e saem da sala

-Os cinco são nossa responsabilidade agora- meu pai diz depois que eles saem- Cuidem deles

-Como vamos nos esconder no Brasil?- Ares pergunta

-Vamos para a última cidade que procurariam por nós- meu pai diz- Vamos para Manaus

-Manaus?- perguntamos em coro

-É a capital mais influente no Norte do país, será fácil permanecer lá- ele explica - E é o último lugar que nós procurariam

-Vamos nos misturar com os trouxas- minha mãe completa- ou seja...

-Sem poderes- meu pai completa

-Sem poderes?- pergunto- Como vamos praticar ou treinar?

-Não quero saber, mas irão continuar com as atividades de lutas trouxas, prefiro manter vocês vivos- minha mãe diz e nós assentimos- Vão ficar com os amigos de vocês, e arrumem apenas o necessário

Saímos do escritório em silêncio, ando na frente querendo sair de lá o mais rápido possível, evitando qualquer uma das tentativas de Apolo para falar comigo. No corredor dos quartos ele puxa meu braço e eu o olho sentindo a minha raiva crescer mais ainda

-Tícia, por favor- ele suplica

-Não Apolo, eu não vou querer estar envolvida em qualquer coisa que você esteja também- grito na sua cara, e vejo Ares e gêmeos nos encarando sem saber o que fazer- A vadia da sua irmã aqui, vai abrir as pernas pro primeiro cara que aparecer antes de estar ao seu lado novamente, a vadia da sua irmã vai tentar sobreviver antes de esgotar grande parte dos poderes para salvar a sua bunda mais uma vez

Puxo meu braço de forma brusca e ele solta me deixando voltar para o meu quarto, me viro para voltar a andar e vejo nossos amigos nos encarando. Ignoro eles e ando até meu quarto sendo seguida pelas três garotas. Pego meu travesseiro e o uso para descontar a minha raiva, grito com todas as forças que ainda me restam enquanto as minhas amigas me olham assustadas

-Eu vou matar ele- digo depois de tirar meu rosto do travesseiro

-Está melhor?- Pansy pergunta e eu respiro fundo

-Muito melhor- digo jogando o travesseiro na cama e indo até meu closet pegar a minha mochila para começar a arrumar minhas coisas- Já arrumaram suas coisas?

-Estão todas na mochila ainda- Astória responde

-Vamos para Manaus, nos misturar com os trouxas e evitar chamar atenção- digo e elas assentem

-Quer que façamos algo para lhe ajudar?- Dafne pergunta receosa

-Deixem Apolo longe de mim, o máximo que puderem- digo e elas se encaram mas assentem- Ótimo, vamos embora durante a madrugada

As lendas bruxasOnde histórias criam vida. Descubra agora