13.what a fright!

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- Puta merda! - Tomei um susto e Louis começou a rir da minha cara - Não tem graça, palhaço.

- Pra mim tem - Falou ainda rindo.

Ficamos lá por um bom tempo, até começar a esfriar.

- Louis, vamos embora, tô com frio - Falei me abraçando, tentando me aquecer.

- Não quero ir embora agora.

- Eu tô com frio Lou, se eu adoecer pode criar alguma infecção na minha perna ou sei lá.

- Não seja por isso - Ele fez um bico engraçado - Eu te aqueço - Ele colocou a mão no peito, logo em seguida me puxou, me abraçando.

Era uma sensação boa, eu me sentia bem.

Me sentia protegida.

Fechei os olhos e correspondi o abraço, ficamos ali por um tempo, abraçados, em um silêncio agradável.

-S/a.... - Louis me chamou, ainda me abraçando.

   Não respondi, apenas ergui a cabeça para cima, apoiando meu queixo no seu peito.

Ficamos nos encarando por um tempo.

E ali, com apenas eu e Louis de roupas intimar em um lago misterioso, percebi como o vizinho, que a dias atrás eu não suportava, me fazia bem.

   Louis colocou meu cabelo molhado atrás da orelha, logo em seguida segurou meu queixo e me encarou novamente.

  Fechei os olhos, esperando o que vinha em seguida, mas apenas recebi um beijo na testa.

   Louis me soltou e foi em direção à beira do lago.

- Vamos, Finn deve está preocupado - Estendeu a mão para mim.

  Não respondi, apenas segurei a mão dele.

Louis me puxou para fora do lago.

(...)

Estávamos no carro, indo pra casa.

Estava um silêncio constrangedor.

Eu não tinha entendido, por um momento eu achei que ele ia me beijar, e por outro momento... eu tinha gostado da ideia de sentir os lábios de Louis nos meus.

Sentada, naquele banco, pensei em vários motivos para Louis ter me beijado, mas logo meus pensamentos foram cortados com alguém me chamando.

-S/n, chegamos - O menino do meu lado disse, evitando contato visual - Você pode ficar sozinha? Tenho uns bagulho para resolver.

- Claro, tá tudo bem - Abri a porta - Tchau Louis, obrigada pelo passeio - Sai do carro e bati a porta.

(...)

  Estava deitada na minha cama desenhando e ouvindo música, até um ser quase arrombar minha porta, de novo.

- Porra Wolfhard, já mandei não abrir a porta assim - Falei estressada.

- Desculpa, sério, é porque eu tô realmente nervoso - O menino fechou a porta e começou a andar de um lado pro outro.

Revirei os olhos e me sentei na cama, cruzando minhas pernas logo em seguida.

- Me fale o motivo do seu nervosismo meu querido amigo.

- Acho que o Jack quer transar - O mais alto, que estava andando de um lado para o outro, falou, começando a roer as unhas.

- E o problema é...- Falei na intenção dele completar minha frase.

- Sou virgem - Ele parou de andar e bateu os dois braços em sua cocha lateral.

- Putz - Fiz careta - Mas, tipo, é de boa, você vai pegar esse negócio que você tem entre as pernas - Apontei para o meio das pernas de Finn - E enfiar no cu do Jack - Sorri forçada sem mostrar os dentes.

- Nossa S/n, obrigada, você ajudou me ajudou muito.

- Que bom, agora você pode sair do meu quarto? - Apontei pra porta.

- Porque você tá assim? - O mais alto  cruzando os braços.

Bufei - Ah, sei lá, é só que...- Me joguei pra trás da cama- ARGH! Não sei, porque eu tô assim? - Falei já estressada por não entender o que eu estava sentindo. 

- Quer conversar? - Finn se sentou na beira da minha cama.

- É que.... - Respirei fundo - Quando você foi pra casa do Jack, o Louis me levou pra um lugar secreto - Falei olhando pra baixo e brincando com os meus dedos - A gente tava tomando banho no lago que tinha lá, mas eu fiquei com frio, e ele me abraçou, na tentativa de me aquecer - Respirei frustrada - Nisso a gente quase se beijou, mas ele não fez nada, quando ele viu que a gente tava muito perto ele saiu de perto de mim, e... ARGH, que ódio - joguei uma almofada na parede.

- Tá, então você tá com raiva porque o Louis não te beijou - Finn deu um sorriso malicioso.

- NÃO! Quer dizer, não sei - Me levantei na cama - Por um momento, eu queria saber qual o gosto da boca dele, tem cara de ser tão macia - Fiz bico.

- Olha olha o que temos aqui - Finn ficou de joelho na cama - Senhorita S/n Tompson, uma Brasileira de 16 anos, apaixonada pelo vizinho problemático e misterioso - O garoto falou tentando fazer palhaçada, apenas estiquei meu lindo dedo do meio pra ele.

- Vai se fuder Finnie, é óbvio que eu não gosto do Louis, eu só conheço ele a dois meses.

- Na minha opinião, é tempo o suficiente para alguém se apaixonar - Finn levantou da cama e foi em direção a porta - Pensa no que eu disse!! - Gritou pelo fato de já está longe.

Me joguei de cara na cama e comecei a pensar.

Eu não posso.

Não posso me apaixonar pelo Louis.

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