15. drink

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Uma semana

Uma semana sem falar com o Louis.

Uma semana que ele tá sendo um galinha safado.

Não sei se ele faz pra me provocar, ou pra tentar demostrar que me esqueceu.

Mas todo dia ele tá com uma menina diferente, na casa dele, na cama dele, sem roupa.

E para melhorar, ele não faz questão nenhuma de fechar a cortina.

Louis partridge tá um verdadeiro caos

(...)

Já tinha se passado das meia noite e eu ainda não tinha dormido.

Eu tava com muita insônia.

Fiz de tudo pra tentar dormir, mas não estava conseguindo.

Acabei desistindo de tentar dormir, então, levantei da cama e me sentei na bancada da janela, observando as coisas do lado de fora.

Depois de um tempo ali sentada, percebi uma movimentação estranha na frente da casa do Louis.

Tinha um homem, todo desengonçado, que mal conseguia ficar em pé.

Forcei a visão para tentar ver quem era.

Não acredito.

Peguei um moletom é um chinelo e desci as escadas tentando não fazer barulho.

- O que você tá fazendo aqui fora nesse estado Louis? - Perguntei para o menino que estava sentado na grama com as pernas abertas em um V, como se fosse uma criança.

- Amorrrrrr, que bom que você chegou, tava com saudade de você- Louis falou todo embolado esticando os braços pra mim - Me da um abraço vida - Fez um bico que dava vontade de morder.

Revirei os olhos percebendo o que estava acontecendo.

Louis estava totalmente bebado.

- Lou, você precisa tomar um banho gelado, vem, vou te ajudar.

- Hummmmm, vai me ajudar a tomar banho? Vai ajudar a lavar meu pau também? - Louis começou a rir da própria piada.

- Vamos Partridge - Apoiei ele em meus ombros - Seu pai tá em casa?

- Esse vagabundo de merda nunca esta em casa - Ele começou a rir - Ele nem lembra que eu existo - Riu mais ainda.

Tentei ignorar os comentários desnecessários do garoto bebado.

(...)

Depois de muito sacrifício, conseguir trazer Louis para o seu quarto.

- Eu vou ajeitar o chuveiro ok? Vai tirando a roupa e fique só de cueca.

Deixei Louis no quarto e fui em direção ao chuveiro, ligando ele e esperando a água ficar gelada.

Voltei para o quarto e encontrei Louis choramingando manhoso tentando tirar a camisa.

- Vida, me ajuda - Ele fez um bico.

Não conseguir me segurar e comecei a rir da cena, tava realmente engraçado.

Fui em sua direção e o ajudei a tirar a blusa.

Quando tirei a sua blusa, me assustei ao ver uma cicatriz enorme em sua barriga.

Eu não tinha percebido ela no dia do lago.

Não vou mentir, cicatriz nao era nada bonita.

Ela era enorme e grossa.

Toquei delicadamente na cicatriz do menino.

- Lou....- Neguei a cabeça, tentando ignorar, primeiro tenho que deixar ele sóbrio para depois falar sobre isso- Vem.

(...)

- Eu não vou entrar S/a, tá muito gelada, não quero- Falou manhoso.

- Vamos Louis, por favor, você tá parecendo uma criança.

- Só entro se você entrar comigo.

- Sério isso Louis? - Fiz uma cara de indigitação e ele concordou com. a cabeça - Tá, tá bom, eu entro com você - Passei a mão no cabelo e o menino sorriu - Você provavelmente não vai lembrar disso amanhã, então fodase.

    Tirei minha roupa e fiquei só de roupa íntima, me aproximei, que sem aviso nenhum, me agarrou e me puxou para de baixo do chuveiro; Tomei um leve choque por causa da temperatura, mas logo me aconcheguei nos braços de Louis, o que fez eu ficar aquecida.

   Ficamos um tempo calados até eu perceber que Louis estava fungando, levantei um pouco o rosto para olhar pro rosto do maior e me deparei com Louis chorando.

- Shiuuuu - segurei o rosto dele na tentativa de acalmar o maior - Vai ficar tudo bem, eu tô aqui, ok? - Aproximei o rosto dele do meu e dei um leve beijo no seu nariz.

- Mas você não vai ter aqui sempre - Ele fungou, colocando a cabeça na curva do meu pescoço - Em menos de 10 meses você não vai tá mais aqui, não vai ser mais a irmã do Finn, não vai ser mais minha vizinha, não vai ser mais a minha estranha.

(...)

    Saímos do banho e colocamos uma roupa confortável; Louis estava só de calça moletom e eu estava com uma blusa dele.

- Ok, já que você está melhor, eu vou pra casa - Falei me levantando da cama do menino.

Fui interrompida quando o menino puxou  o meu pulso.

- Não - Ele falou quase em um fio de voz - Fica, por favor.

  Não respondi nada, apenas me deitei na cama dele, me virei pro lado ao contrario dele, mas logo senti seu peso sobre mim.

- Boa noite estranha - Ele deu um beijo no meu ombro - E, por favor, não vai embora amanhã antes de falar comigo, precisamos conversar.

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