Capítulo 8 - Chances

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O vento geou, fazendo a pele quente do lupino se arrepiar toda. Pelo menos, era nisso que JungKook tentava acreditar. Era melhor do que tremer pela proximidade do vampiro ao seu lado, pelos dedos das mãos se roçando de vez em quando.

—Por que decidiram vir para cá? Não me lembro de ter algum Conselho Vampiro pelas redondezas.

Jimin deu de ombros. O movimento em si não devia ter sido tão elegante, mas Jeon se perdeu na curva bonita entre o pescoço e os ombros do imortal.

—Acho que foi justamente por esse motivo. Conselhos sempre chamam atenção demais e têm tanta burocracia. - Ele rodou os olhos com notável enfado. -Depois de anos fazendo as mesmas coisas você precisa de mudanças e... algo me dizia que devíamos vir para cá. Uma intuição esquisita.

Você sentiu? Então... foi sua ideia vir? E eles concordaram em segui-lo só por conta de uma intuição?

O vampiro soltou um risinho provocativo, olhando-o de canto.

—Eu poderia dizer que, se você ainda não ligou os pontos, eu sou um dos líderes do clã Park, Lobinho. E se eu digo que vamos nos mudar, nós nos mudamos. Mas, não é assim que funciona. Pelo menos, não embaixo do meu teto. Meus familiares estão livres para me seguirem se quiserem e me deixarem se assim for sua vontade, não os prendo pelo voto perpetuo. Vieram comigo porque somos família e minha alma necessitava se encontrar com a sua.

JungKook se calou, sem saber o que dizer. Seu coração retumbou igual um louco no peito, seu lobo faltava pular e lamber todo o caminho que o Park percorrera. Porém, de modo igualmente intenso, seu lado lógico gritava que aquele envolvimento, aquela ligação, tudo era um erro. Jimin próprio dissera que era um dos líderes do Clã Park. Era dele que seu pai falava. Eles eram as iscas, agora tinha certeza. A rixa era antiga, por isso não havia oposição na matilha.

—Eu sei que você tem uma ideia toda pronta sobre vampiros, JungKook. Sei que tem uma parte sua que diz que o que nós ainda nem começamos a ter é um erro. - Jimin finalmente segurou sua mão, entrelaçando os dedos. O toque quase tão intenso quanto os olhos afiados fez ligação direta com as artérias de seu corpo. JungKook o encarou de olhos arregalados, surpreso. Será que ler mentes era mais um truque vampiresco? -Mas, eu sei também que tem outra parte sua que é atraída por mim.

—Jimi...

—Eu sinto, JungKook, não tem como negar. É mutuo. Então, eu estou disposto a ser paciente e... sabe... tentar te fazer...

—Me fazer o que?

—Sentir o que eu já sinto, Lobinho.

A cabeça do Jeon escureceu por um segundo, em pane. Seus olhos, fugindo da profundidade ardida do vampiro, se refugiaram na roda de um carro que passava por ali depressa. Seu lobo rosnou, nervoso pela demora na resposta que já era tão óbvia. Não havia porquê pensar. O imprinting dizia, seu coração aos tropeços cantava. Não havia tentativa, JungKook já sentia.

—Eu também, Jimin.  


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Espero que estejam gostando!

Até mais e beijinhos *---*

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