Capítulo 11 - Um passo para frente e dois para trás

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—Perigosa por quê?

—Porque eu quero te beijar toda hora, Jungoo, sério. Quero sentir sua boca na minha, enrolar meus dedos no seu cabelo e te sentir pertinho de mim. Todo momento! E é frustrante quando você me diz que posso te beijar quando eu quiser, mas no mesmo instante dá todos os sinais que vai fugir se eu tentar. Você me dá esperanças e depois vira as costas, é maldade, Lobinho.

—Desculpa, eu só... - JungKook grunhiu, confuso. Queria tanto! Desejava tanto! Era apaixonado por Jimin, tudo o que queria era ficar colado nele. De preferência, beijando aquela boquinha gostosa. Mas também, se seu pai descobrisse tudo estava acabado. Já estava arriscando demais deixando que se abraçassem, se enrolando nos lençóis de seda e nos travesseiros de penas chique chafurdados do perfume de Jimin. O cheiro dele estava superficialmente em si e era uma merda ter que tomar banho toda vez que acabava de o ver. Seu pai poderia perceber o frescor doce e... Hécate, como poderia ajeitar as coisas?

Seu silêncio reflexivo passou a impressão errada e quando notou Jimin já não se apoiava mais em seu colo.

—Tudo bem, Jungoo. Eu só estava brincando, não precisa ficar assim. Não estou te pressionando, ok?

JungKook se desesperou ao levantar o olhar e perceber o modo como a aura de Jimin parecia um tanto retraída... talvez, decepcionada.

—Por favor, não pense que estou me sentindo pressionado! Ninguém consegue me deixar mais confortável além de você.

—Fico feliz. - Ganhou um sorriso fraco, quase não alcançou os olhos bonitos. Sentiu falta do contato de sua pele na pele dele, parecia que naquele toque conseguia sentir mais fácil como manusear a situação e acalmar as coisas entre eles.

—Então... então, por que está assim? Não é por causa do beijo, é?

O vampiro balançou os ombros, num gesto esquivo. JungKook se arrastou até onde ele se sentou, na ponta da cama.

—Só algumas coisas que passaram pela minha cabeça.

—O que? Conta para mim, Jimin-Ssi.

Ele pareceu respirar fundo, como se criasse coragem, então o encarou nos olhos. Profundo e intenso, quase hipnotizante.

—Você ainda tem aqueles pensamentos sobre vampiros, JungKook?

—O q-que?

—Você continua compactuando com os ideais da sua matilha?

O Jeon travou, boca aberta e tudo, sem saber de onde veio o questionamento.

—Como assim os ideais da minha matilha?

—Vou ser mais claro. Quero saber se o seu medo de se envolver é por ter vergonha do seu imprinting ou por ainda compactuar com as ideias de seu pai sobre a monstruosidade dos vampiros. Me responda, por favor.

—Não acredito que tá me perguntando isso de maneira séria.

—Me responda.

—Não, Jimin! Hécate, eu nunca teria vergonha de você! De onde você tirou essa ideia?

A resposta ao invés de aliviar, entristeceu mais.

—Eu... Eu acho melhor nos vermos depois.

A expressão do Jeon caiu. Não! Como foi que as coisas desandaram assim?

—Jimin, não. Minie, eu não quis dizer que...

—Tá tudo bem. Só... preciso ficar sozinho, por favor, JungKook.  

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