Capitulo um

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Nossa casa podia não ser tão grande mas em compensação nosso quintal era imenso. Todas as casas que um dia moramos eram desse modelo, quintal enorme para treinarmos e muros altos para não atrair olhares curiosos .

-Vamos começar, pegue seu esculdo. -Ordenou Jenna. Ela podia ser legal as vezes mas na hora do treino ela virava alguém sem piedade. Minha personalidade forte deve ter " puchado a ela. "

Peguei meu esculdo o qual era de uma madeira super resistente, ele era todo vermelho com metais em algumas partes e havia também o brasão de um sol desenhado nele, para falar a verdade em todas às nossas armas. Suponho que Jenna às comprava na mesma loja.

Uma vez no ano Jenna comprava um arsenal novo quando ela viajava a trabalho. Me lembro dela ter falado que ia para uma reunião que acontecia uma vez no ano, geralmente não demorava mais de três dias.

Jenna trabalhava em casa, ela faz designer gráfico e desenvolve projetos para mandar para seus chefes. Se um dia eu chegar a me formar quero que seja na mesma profissão dela. Apesar de não ter feito faculdade eu não parei de estudar, nesse tempo eu fiz vários cursos técnicos e profissionalizantes.

-Vamos treinar alcance supremo primeiro? -Perguntei. Essa era uma das várias técnicas que podíamos aprender com o esculdo.

- Não, eu não trabalho com o básico. Prefiro agarra aprimorado . - Como falei antes, sem compaixão. -Você começa.

O agarrar aprimorado era resumidamente você ir pra cima do seu adversário com todo seu peso.
Precisava me posicionar de um modo a cobrir uma grande extensão, infelizmente minha altura mediana não me ajuda muito nessa técnica. Avancei contra Jenna pressionando meu esculdo no seu mas ela se agachou e fui obrigada a passar por cima dela.

Frente a frente de novo.

Dei um leve sorriso de canto para Jenna e disparei contra ela de novo, dessa vez derrubando- a no chão. Quando um oponente tá no chão a batalha está quase vencida, nesse caso recomeçavamos de novo .

Tempo depois demos uma pequena pausa para almoçar mas não descansamos muito e logo em seguida voltamos a treinar novamente.

Perto de nois estava Marvin com duas adagas as enfiando em um boneco de palha.  eu não sabia dizer se ela estava treinando ou brincando.

[...]

Já era quase hora do jantar e ainda não tínhamos parado, Marvin havia largado as adagas e agora estava pintando. Ele adora pintar, Jenna também, por isso sempre compra pinceis e tintas novas para os dois.

-Acho que por hoje deu. - Suspirou Jenna cansada levando as mãos aos joelhos. -Vamos jantar.

- Já vai jogar a toalha? -Brinquei- Tava começando a me divertir.

Jenna xingou.

- Todos tem seus limites Bry, as vezes ao ultrapassa-lo você estará assinando sua sentença de morte. Você acha que eu não sei o que anda fazendo para suportar os treinos.

Arregalei os olhos.

As vezes eu pulava as refeições do dia para não ficar enjoada no treino ou para treinar com mais pressão. Sempre luto melhor quando faço isso.

- Cada um faz o que pode. - Dei de ombros.

- Sei que gosta de lutar sentindo dor mas você pode se acostumar mau. - Falou ela.

-Pode ir jantar. - Falei a ignorando.

-Você sabe que dia é amanhã né? -Questionou Jenna cruzando os braços. Ela arqueou a sobrancelha.

Larybrok: O Reino SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora