Capitulo seis

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Quando ela falou meu nome me veio um leve arrepio; o fato dela ser tão parecida com Jenna me assustava. Onde era Larybrook? Jamais tinha ouvido falar. Casa? Será que pretendia me manter como prisioneira deles?

Não me dei a chance de entrar em pânico, não na frente deles, não enquanto Marvin estivesse comigo.

Não tinha percebido o quão tensa estava minhas mãos até uma gota de sangue descer pela faca e escorregar por meu braço. Folguei um pouco a mão para não matar minha única chance de sair daqui com Marvin.

- Não prescisa fazer isso. - Falou a mulher de cabelos dourado; seus olhos estavam fixo no pescoço de sua criada por conta do pouco sangue que tinha manchado seu lindo chão de concreto. - Jenna não avisou você que iríamos?

Em um espaço de tempo curto meu rosto é tomado pela dúvida. Sim, ela havia dito que eles viriam nos resgatar. Não tem como ter certeza que seja eles, podem estar blefando. Considerei todas as possibilidades e nenhuma dela me parecia confiável, não a ponto de arriscar tudo.

Com o coração acelerado diante dos pensamentos perguntei:

- Quem são vocês?

- O que você prescisa saber agora é que não somos aqueles que te atacaram. -Respondeu o homem de vermelho. Não tinha notado a presença de sardas em seu rosto que agora estavam bem visíveis.

Mais uma informação que não tinha como eu saber a verdade.

- Como posso ter certeza disso? - Questionei arqueado a sombrancelha. - Me dêem Marvin e vou pensar se acredito em vocês.

- Bryana, esculta eles. - Aconselhou Marvin. - Eles estão falando a verdade, eles conhecem a tia Jenna! - Marvin sorri ao pronunciar o nome de Jenna.

Ele vai até a mesa e trás para perto de mim uma caixa de madeira pequena, junto com ele estava o rapaz de armadura preta. A medida que eles se aproximavam eu me afastava levando comigo a criada. Forcei o rosto até ficar inexpressivo.

-Acredita neles, por favor. -Implorou a moça se acabando de chorar.

Acreditar neles de primeira seria um ato estúpido, Jenna me ensinou muitas coisas, uma delas era não confiar em ninguém que use uma espada na cintura; Apesar das roupas de épocas eles não se pareciam nenhum pouco com aqueles que invadiram minha casa na noite passada.

- Você... -Indiquei com o queixo o homem que estava do lado de Marvin. - Fique um pouco mais distante!

Daquela distância ele podia muito bem preparar um ataque rápido e me matar. -Ele olhou para a mulher de cabelo loiros em busca de aprovação, a mesma assentiu com a cabeça. Ele se afastou logo em seguida e Marvin finalmente veio até mim. Talvez eu estivesse sendo estúpida mas deixei sua criada ir, eu a soltei o homem de sardas a amparou.

Abracei Marvin e verifiquei seu corpo em busca de qualquer ferimento ou ematoma; não havia nada. Voltei a abraça- lo dessa vez mais forte e vi superficialmente a mulher de trança se virar para conter uma lágrima.

-Você está bem? - Não consegui conter as lágrimas. O coloquei no colo e o abracei mais.

- Seu ombro Bry! -Observou ele arregalando os olhos. -Esta sangrando muito!

Com essa loucura toda tinha me esquecido do meu ombro, esqueci que a ferida tinha aberto e esqueci da dor que ainda estava presente; ainda mais agora que Marvin falou. Temo não poder lutar se algum deles me atacar.

- Eu tô bem. - Falei por fim forçando um sorriso.

Marvin abri a caixa de madeira que está em suas mãos. Dentro dela havia fotos e pequenos objetos. Antes de abri- lá olhei em volta e vi que estavam todos afastados.

Larybrok: O Reino SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora