Que Lugar É Esse?

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*

Senny *

— Álya? — procurava a mesma com o olhar. Teria que encontrá-la rápido, antes que a Lucy feche o portal e nos deixe presos aqui.

— Droga! — falei quando o portal que estava atrás de mim se fechou.

Não tenho outra escolha; o jeito é encontrar a Álya e dar um jeito de sair desse lugar. Comecei a andar, observando todos os lugares, até que finalmente a encontrei caída no chão.

— Cadê a Lucy? — Álya diz assim que percebe minha presença.

— Provavelmente ainda na Terra. Seu ferimento não está mais sangrando?

— Primeiro portal que ela abriu em toda a vida; isso deve ter sido um efeito colateral — ela fala pensativa.

— Você acha que pode ter mais algum efeito estranho? — pergunto, preocupado.

— Provavelmente... — ela fala, fechando os olhos.

— Nem recuperei minha memória ainda — falo, imaginando qual pode ser o próximo efeito.

— O importante é que estamos inteiros; poderia ter sido pior — ela fala, me fazendo imaginar várias coisas.

— Foi sugado também? — ela pergunta.

— Não. Pulei para te trazer de volta.

— Seny... você ficou louco? Deixou a princesa sozinha.

— Não pensei nisso na hora — falo, sem saber qual desculpa dar.

— O portal ainda está aberto? — Álya pergunta, tentando se levantar do chão.

— Não! Ele fechou poucos segundos depois que passei; acho que a Lucy conseguiu controlá-lo.

— O que vamos fazer com ela?

— A Lucy, por enquanto, está segura na Terra. Vamos tentar sair daqui primeiro.

— Não, Álya, a garota do ataque mais cedo. Ela está ali — falei, apontando para a ruiva que estava presa em vários cipós em cima da árvore.

— Ela está desacordada — Álya fala, percebendo a presença da garota.

— O que faremos? — pergunto, sem saber o que fazer.

— Não sei; tivemos sorte dos gêmeos estarem separados — Álya fala, com um semblante de alívio.

— Vamos matá-la? — perguntei, assim que consegui tirá-la da árvore.

— Ainda não! — Álya fala, me deixando confuso.

— Ela estava tentando nos matar e, o pior, matar a Lucy. Acho que devemos fazer o mesmo — falei, tentando convencê-la.

— Vamos fazer um interrogatório com ela primeiro; ela deve ter notícias de Ranor e como nos encontrou. Depois matamos ela. Agora temos que ficar de olho no outro; ele não deve estar muito longe — Álya diz.

— Vou pegar alguns cipós e prendê-la. Só assim para ficarmos seguros — digo, indo em direção à árvore.

— Amarrou bem? — Álya pergunta, assim que termino de prendê-la.

— Pra ela fugir daqui, vai ser difícil — falo, super confiante.

— Ouviu isso? — Álya pergunta, mas eu não escuto nada. Será que é o outro garoto?

— CORRE! — gritei, assim que uma flecha quase me atingiu. Por sinal, a flecha era enorme, maior que o meu próprio corpo.

— Rápido, sobe em mim — Álya fala, se transformando em um cavalo parecido com o da Terra.

Ranor (Entre Dimensões )Onde histórias criam vida. Descubra agora