• Capítulo 17

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Kah: como sabe meu nome?- finalmente pronuncio sentindo um frio na barriga.
Xx: em breve irá saber. Agora fica quietinha e entra dentro da van. Não quero te machucar.
Kah: mas nem morta que eu vou entrar lá dentro- falo e ele ri irônico.
Xx: ou por bem ou por mal mocinha. Você que decide.
Kah: eu já disse que não vou entrar!- afirmo sentindo meus olhos marejados.
Zz: oh patricinha, entra logo caralho!
Kah: patricinha é o seu...- o cara sem máscara me interrompe.
Xx: eu não estou para brincadeiras Karol. Entra, anda- ele diz e eu nego com a cabeça aflita. Ele bufa, tira um pano branco de seu bolso e eu recuo dois passos. Sinto mãos me segurarem por trás e me desespero.
Kah: SOCORRO!- foi a única coisa que consegui pronunciar antes de ver o pano se aproximando do meu nariz e da minha visão escurecer.

Esteban on·
Sorrio maléfico ao terminar de amarrar a Karol em uma cadeira. Eu sei que a Caro pediu para eu não machucá-la e blá, blá, blá, mas do jeito que eu vi essa menina é bem chatinha e dará bastante trabalho, então será melhor assim. Saio do quarto que ela está, vou para o meu escritório e assim que sentei em minha cadeira tive uma ideia. Que tal testar o Ruggero? Pelo o que parece a garota se importa com ele, já que a mesma se atirou na frente dele naquele dia na boate. Pego meu celular em cima da minha mesa e abro nos contatos. Digito o nome traidor e logo vejo o número do Ruggero. Sorrio maléfico e ligo para ele. Escuto tocar várias vezes até que a chamada cai na caixa postal me fazendo bufar, mas eu não vou desistir tão fácil. Ligo novamente e no terceiro toque alguém, provavelmente o Ruggero atende. Sorrio vitorioso e coloco no viva voz.

Ligação on·📱

Rugge: o que é porra?
Esteban: nossa, que irritadinho!- o provoco.
Rugge: não estou para brincadeiras Esteban. Fala logo o que quer.
Esteban: hm, eu? Nada- falo e posso ouvir sua risada irônica do outro lado da linha.
Rugge: fala logo senão vou desligar- ele diz e eu rio.
Esteban: acho que não desligaria se eu te contar o que está acontecendo. É de seu interesse.
Rugge: se não me falar não vou ter como saber.
Esteban: atirado como sempre né?
Rugge: mas que caralho! Tirou o dia para me irritar? Quer saber? Vou desligar.
Esteban: não, não desligue!- afirmo me levantando da minha cadeira e saindo do meu escritório- Tenho uma coisa para te falar.
Rugge: para de rodeios e fale logo. Não gosto de falar com meus inimigos.
Esteban: agora eu sou seu inimigo?- debocho enquanto ando até o quarto que Karol está.
Rugge: desde quando começou uma guerra comigo, sim- ele diz me fazendo dar uma gargalhada.
Esteban: não comecei guerra nenhuma.- falo abrindo a porta do quarto que Karol está- Olha, acho que ela acordou- falo olhando para Karol enquanto ela tenta falar com o esparadrapo na boca e com os olhos arregalados.
Rugge: ela quem? Aliás, vai me falar ou não o que quer?
Esteban: a sua amada está aqui.
Rugge: quem?- ele pergunta sem entender. Tiro o esparadrapo da boca da Karol e ela dá um gemido de dor. Dou de ombros e inclino o celular perto da sua boca.
Esteban: fala agora- sussurro e ela me olha com os olhos marejados.
Kah: R-Rugge...- ela diz com a voz trémula.
Rugge: KAROL?- ele grita do outro lado da linha me fazendo dar uma gargalhada- O que ela faz aí? Na verdade, aonde estão?
Kah: R-Ruggero me aju...- a interrompo.
Esteban: cala a boca! Não te dei permissão para falar!- afirmo vendo uma lágrima caindo de seus olhos.

Enquanto isso...

Rugge on·
Se passaram alguns meses e aqui estou eu, chefe de uma gangue. Comecei a alguns meses e posso dizer que está rendendo. Já tenho meu galpão, meus capangas, alguns aliados, casa luxuosa e automóveis também. Depois daquele dia na boate o Esteban não me atacou mais. O motivo? Eu sumi! Fui para o outro lado da cidade e antes de começar nesse "novo mundo" convenci o meu pai em ir para o interior junto com meu irmão, o que não foi muito difícil já que ele acabou sabendo do que eu estava tramando. Na verdade ele acabou descobrindo que eu estava em uma gangue antes. Ele ficou bem decepcionado e tentou me convencer a mudar de ideia, o que não deu nada certo, mas mesmo assim não hesitou em não ir, já que tinha que proteger meu irmão. Acabei tendo que largar os estudos, o que foi ótimo para mim. Não aguentava aquela escola. Os meninos acabaram se juntando a mim também. Sei que é errado levá-los a esse caminho, mas agora eles estão aqui por vontade própria. Eles continuam mantendo contato com a Lina e parece que com a Valu também, o que acho errado, mas não consegui impedi-los. Estava nesse exato momento deitado em minha cama ofegante depois de uma transa que tive com uma vadia. Logo me levantei enrolando minha toalha na cintura e a olhei.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora