Lune Aima | Jikook

01 | Filhos, Vita e Morte.

ahhhh, como é bom estar de volta com essa história! eu estava tão animado depois das mudanças que corrigi esse capítulo na velocidade das luz! e quem sabe, dependendo de certas coisinhas, eu não traga o segundo capítulo antes do previsto? 👀

META PARA ADIANTAR O PRÓXIMO CAPÍTULO: 40 comentários! eu não quero começar pedindo demais, e isso será apenas um teste! se não batermos a meta, o capítulo dois sairá na próxima sexta (26/07) como o esperado. não se sinta pressionades, viu?

estarei repostando os capítulos e lançando novos aos poucos, e caso você seja um antigo leitor perdido, tem uma postagem no meu instagram (@winterse0ul) explicando tudo.

enfim, boa leitura pessoal! cap. dedicado a nilo por ser uma leitura assídua de lune aima e também uma ótima amiga <3

🌑

Três anos no passado.

Kéntro, capital de Enesy.

Jimin fechou os olhos e ouviu a melodia agitada de Hollywood Undead em seus fones, descansando após uma longa tarde. Mortal e jovem, carregava o futuro de Enesy nas costas, mas nunca considerou aquilo um fardo. Contudo, também gostava da privacidade que apenas seu quarto oferecia.

Pulou da cama e vestiu rapidamente uma camiseta sobre o torso nu quando ouviu a porta sendo aberta com brusquidão. Lançou um olhar cortante para a dama da corte, reconhecendo o rosto amigável. A garota tinha um semblante indecifrável, entretanto os olhos opacos denunciavam notícias ruins.

O príncipe sentiu um frio desconfortável na espinha, um prelúdio do futuro imediato.

— Alteza — Curvou-se educadamente e olhou para a cama num pedido silencioso. Suspirou baixinho, sempre encarando o chão. Ainda assim, Jimin percebeu o esforço que ela fazia para se manter firme e acatou, suavizando as expressões. — Vossa majestade pediu que eu viesse informá-lo... sobre a sua mãe.

— O que aconteceu? — A dificuldade apresentada por ela aguçou a irritação desesperada do Park.

— Alteza... — A jovem mordiscou os lábios com força, mas não conseguiu esconder o timbre embargado. — A rainha Chaerin faleceu no quarto a poucos minutos. Eu sinto muito.

Dezoito anos. É uma idade estranha para ficar órfão de mãe.

Jimin sabia que Chaerin não estava bem de saúde. A doença era insistente, mas ele jamais atreveu-se a imaginar que teria sua mãe arrancada de sua vida, e principalmente, dos braços de seu povo de maneira tão brutal. Ela tinha poucos mais de quarenta anos, nascida plebeia, casou-se com o futuro rei Hyojong a vinte anos. Um romance tranquilo que desabrochou ao acaso, no meio de uma festa de boas vindas aos calouros da universidade nacional.

Pelo menos era essa a história que Chaerin contava todas as noites ao colocá-lo na cama desde seus cinco até os doze anos de idade.

O príncipe nem percebeu que chorava enquanto os pensamentos atingiam sua cabeça com a mesma força da tempestade que castigava o mundo lá fora. Estava preso num filme de tragédia sem final, passando diante de seus olhos.

— Jimin! — A dama da corte gritou, evidenciando sua preocupação e trazendo o herdeiro do trono à realidade. Park limpou o rosto e tentou organizar a mente o quanto pôde. Apesar de suas emoções à flor da pele, a garota precisava de orientação. — Desculpe, alteza. O que eu devo fazer?

Não ponderou por muito tempo, quase sem opções. Por dentro, estava sendo novamente consumido por uma enorme vontade de chorar escondido sob as cobertas. Há poucos instantes tinha desejado que tudo aquilo fosse um sonho ruim, e imaginou que sua mãe entraria no quarto e lhe envolveria num abraço quentinho, com cheiro de lavanda.