Capítulo 33

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:S/n on:

Meu desespero foi a mil em questão de segundos no momento em que eu vi a cabeça dele pendendo sem forças. A boca dele começou a ficar um pouco azulada, e ele não me respondia não importa o quanto eu o chamasse ou o sacudisse.

Eu sei que não devia balançar ele, mas meu desespero de perde-lo falou mais alto.

- O que eu faço?? O que eu faço??...- me perguntava sem pausa enquanto via sentia a pele gelada do rosto dele apoiada nas minhas mãos.

Coloquei os dedos no pulso dele, e não conseguia sentir nada

- Calma S/n - falei respirando fundo

Minhas mãos estavam tremulas, e isso estava dificultando as coisas.

Respirei fundo mais uma vez, e levei meus dedos até a lateral do pescoço dele, onde consegui sentir uma fraca e desacelerada pulsação

- Certo... morto ele não está... - falei um pouco mais aliviada - preciso trocar isso - falei olhando para o modess nas costas dele.

Peguei o sobretudo dele e o enrolei fazendo um tipo de travesseiro.

Como ele não estava consciente, seu corpo estava pesado, dificultando um pouco para que eu conseguisse virar ele.

Assim que eu consegui deitar ele de bruços, eu tirei os bandaids que estavam segurando o modess expondo o buraco da bala que ainda estava sangrando.

Eu abri outro pacotinho o colocando da mesma forma que na primeira vez.

Por conta de ter mexido com ele, eu acabei ficando suja de sangue

- Droga Tobirama... eu gostava desse vestido também - falei soltando um pequena risada ao me sentar perto da cabeça dele.

O cabelo dele estava caído um pouco sobre seus olhos, mas aparentemente a posição tinha ajudado ele um pouco, pois sua boca já não estava tão azulada.

Peguei as coisa em cima do meu casaco e as guardei de volta na bolsinha, e depois peguei meu casaco e o cobri, embora eu não entendesse muito de medicina, eu sabia que precisava manter o corpo dele aquecido.

- Idiota... - falei enquanto fazia cafuné na cabeça dele - Não era para ser assim... como eu posso ficar com raiva de você agora?! - perguntei deixando uma pequena risada de desespero sair junto com as lagrimas que eu estava segurando

Não sei quanto tempo fiquei ali, só sei que precisei trocar o curativo improvisado mais uma vez.

Quando eu estava prestes a usar o ultimo modess uma voz soou do lado de fora

- TEM UM AQUI - a voz de uma mulher soou próximo a porta

- Sem pulso - a voz de um homem soou também

- Filhos da puta, já é o quinto civil...

- Olha, tem disparos contra o elevador

- TEM ALGUEM AI DENTRO?? - a mulher perguntou dando pequenas batidas na porta - SOMOS DA POLICIA, NÃO PRECISA TER MEDO...

Me levantei com cuidado e fui até próximo ao pequeno furo da bala.

Não dava para ver muito, mas parecia ser verdade pela roupa que ela estava

- OE... TEM ALGUÉM...

- SIM - respondi alto para que ela me ouvisse - tem sim...

- EI, PEÇA PARA OS BOMBEIROS VIREM AQUI, TEM UMA CIVIL AQUI DENTRO

- São dois - falei num tom de voz que ela conseguisse me ouvir - mas a outra pessoa está ferida

- E MANDA TRAZEREM UMA MACA - "Graças aos céus" pensei enquanto chorava de alivio - moça está tudo bem agora, os atiradores foram detidos e o prédio já esta seguro... me fala o seu nome

De volta ao lar (Tobirama x Leitora)Onde histórias criam vida. Descubra agora