Ao ouvir meu celular tocar eu tremo, pois podem ser os perseguidores que descobriram o meu número ou alguém do meu grupo de hackers me dando más notícias. Pego meu celular e ao ver quem é, dou um suspiro de alívio e atendo.
Jake: Oi, Lilly. Como estão as coisas?
Lilly: Recém saí da casa da Hannah. Ela ainda está em estado de choque. Ela está tentando assimilar todas as coisas.
Jake: É compreensível. E ela está bem? Com exceção dessa questão?
Lilly: Aparentemente sim. Será que eu poderia ir ali no seu esconderijo para a gente conversar melhor?
Jake: Pode, é claro, só que você terá que ter muito cuidado para vir aqui.
Lilly: Por que? O que houve?
Jake: Os perseguidores retornaram para Duskwood e hoje eles acessaram as câmeras de segurança dos estabelecimentos e provavelmente viram (seu nome) e eu na padaria.
Lilly: Mas que droga! Conversamos melhor quando eu chegar ali.
Jake: É claro. Até mais, Lilly.
Encerro a ligação e volto a fazer o almoço.
Tudo o que eu mais queria era poder viver sem medo e sem precisar fugir. Eu sei que (seu nome) não se importa com essas coisas, mas eu queria poder dar a ela a possibilidade de termos um lugar fixo para morarmos, um lugar para podermos chamar de nosso lar, sem precisarmos estar o tempo todo nos mudando de lugar para não sermos pegos. Eu só queria uma vida normal e dar isso para (seu nome) também. A verdade é que, para ser sincero, eu não sei por quanto tempo nós iremos conseguir viver dessa maneira, pois isso tudo é muito estressante e desgastante. Mas nós não podemos desistir... Temos que lutarmos até que tenhamos forças.
Finalizo o almoço e vou para o meu quarto chamar (seu nome). Quando eu entro, vejo que ela está deitada na cama com fones de ouvido. Eu chego mais perto e ouço ela cantarolar baixinho e eu sorrio. Nesse momento, ela abre os olhos e percebo que ela leva um pequeno susto ao me ver. Então ela pausa a música e tira os fones.
Jake: Estava relaxando?
S/N: Estava sim. Música sempre renovam minhas forças.
Eu sorrio para e ela retribui.
Jake: O almoço já está pronto.
S/N: Eu não estou com muita fome...
Jake: Mas você precisa se alimentar.
S/N: O que foi que você cozinhou?
Jake: Strogonoff.
Vejo um sorriso se formar no rosto dela.
S/N: Eu amo strogonoff.
Jake: Vem cá.
Eu estendo minha mão para (seu nome). Então ela pega ela e nós vamos até a cozinha e começamos almoçar.
***
S/N
Depois de almoçarmos, resolvo lavar a louça e Jake me ajuda, secando-a e guardando-a. Em seguida, nós ficamos algum tempo conversando e arrumando algumas coisas, até que Lilly chega. Jake vai abrir a porta e ela o cumprimenta e depois vem até mim para também me cumprimentar.
Lilly: Como estão as coisas? A situação do governo está perigosa mesmo?
Jake: Está sim. (Seu nome) e eu até já arrumamos nossas malas para caso precisarmos fugir imediatamente.
Lilly: Será que as coisas nunca vão melhorar para vocês terem um pouco de paz?
S/N: Eu não sei... É complicado... E como a Hannah está?
Lilly: Ainda um pouco em estado de choque. Mas acima de tudo, ela está com muita vergonha. Ela disse que nunca mais vai ter coragem de olhar para a cara de vocês.
S/N: Se eu estivesse no lugar dela, eu iria cavar um buraco e me enterraria nele.
Eu olho para Lilly e percebo que sua expressão é estranha. Então ela vai correndo em direção ao banheiro. Eu vou até a porta e ouço que ela está vomitando.
Jake: Mas o que está acontecendo aqui? De manhã foi você, agora a Lilly?
Ouço Jake falar atrás de mim. Então eu me viro para ele.
S/N: Será que é uma virose?
Vejo a expressão séria e preocupada no rosto do Jake.
Jake: Ou então...
Nesse instante, Lilly abre a porta do banheiro.
Lilly: (Seu nome), venha comigo!
S/N: Para onde?
Lilly: Por favor, só venha.
S/N: Eu nem posso me expor na rua com essa situação do governo.
Lilly: Você não precisa sair do carro.
Ela pega na minha mão e me puxa em direção a porta. Então eu me viro para o Jake enquanto sou puxada pela Lilly.
S/N: Qualquer coisa me liga.
Ela apenas consente com a cabeça e Lilly e eu saímos do esconderijo do Jake e entramos no carro e Lilly dá a partida.
S/N: O que aconteceu? Para onde estamos indo?
Lilly: Essa foi a terceira vez que eu vomitei hoje. Eu nem consegui almoçar devido a tanto enjoo.
S/N: Ai, meu Deus... Você acha que você está...
Lilly: É isso que vamos descobrir. Estamos indo para a farmácia.
Eu fico por alguns instantes em silêncio, então eu falo:
S/N: Sabe, Lilly, hoje de manhã eu também vomitei.
Ela me olha de relance.
Lilly: O que? Ai, céus, eu vou comprar um teste para você também.
Quando chegamos em uma farmácia, Lilly sai do carro rapidamente e eu fico esperando no mesmo.
Não demora muito para que ela volte com dois testes de gravidez em sua mão.
Lilly: Estamos mais perto do esconderijo do Jake do que da minha casa, você se importa se formos fazer o teste lá?
S/N: Não. É claro que não.
Lilly: Ótimo.
Ela dá a partida do carro e nós ficamos a maior parte do tempo em silêncio, apenas perdidas em nossos pensamentos. Eu percebi que Lilly está nervosa com essa possibilidade. Já eu estou realmente preocupada. Em meio a toda essa situação do governo, eu não consigo nem imaginar o quanto uma gravidez prejudicaria e dificultaria tudo agora.
Não demora muito para chegarmos no esconderijo do Jake e para fazermos nossos testes.
Ao fazê-los, eu me encontro com a Lilly.
Lilly: E então?
Eu suspiro aliviada mostrando o meu teste para a Lilly.
S/N: Deu negativo. E o seu?
Ela apenas me olha séria e mostra o teste. Vejo que sua mão está tremendo segurando o mesmo.
S/N: Ok... Ele definitivamente não está igual ao meu.
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Amor Impossível
FanficFanfic baseada no jogo Duskwood. S/N levava a vida tranquilamente até que, sem explicações, seu número é enviado a uma pessoa desconhecida. A partir desse momento, sua vida muda completamente, pois precisa ajudar a encontrar uma garota desaparecida...