Interesse

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Alguns dias haviam se passado desde a missão no sanatório.

Ijichi se certificou de que as moças estavam bem e já tinham voltado para casa. A situação da moça loira ainda era um pouco mais delicada, devido a uma infecção que ela havia pego por causa do muco liberado pelo monstro, mas sua vida estava fora de perigo.

Nobara aparentemente havia voltado ao normal, agindo como se nada tivesse acontecido, mas algumas vezes Yuji a pegava pensativa e distante.

O dia havia corrido tranquilamente, sem muitos incidentes. Porém, a tarde, os professores ficaram sabendo de uma possível maldição especial perambulando em uma área residencial. Satoru e Nanami Kento iriam juntos para averiguar.

-Me deixe ir também, primo. Eu quero participar das missões como os outros alunos.

-Ora e você vai, florzinha.- ele falou sorrindo e bagunçando os cabelos de Harumi, que deu um tapa em sua mão.

-Não me chame assim, não sou nenhuma criança.

-Satoru, temos que ir. Se realmente tiver uma ameaça desse nível lá, algumas pessoas podem já estar mortas.- Nanami falou, endireitando seu óculos.

-Ah, eu já to indo. – ele falou caminhando em direção do loiro.- Té mais prima. Depois a gente conversa.

''Esse banana, me trata como uma criança. Qual o motivo de eu vir pra cá se não posso agir como os outros?''- Harumi pensou, cruzando os braços frustrada.

Yuji, que passava por ali na hora, havia presenciado o dialogo e achara graça da menina. Ponderou um pouco se deveria se meter ou não, decidindo por fim ir conversar com a mesma:

-Você vai ter a chance de acabar com algumas maldições, não se preocupe. Se o sensei não levou você, ele deve ter seus motivos.

Harumi deu um pequeno pulo, pega de surpresa pelo rosado, mas logo respondeu:

-Ele apenas está sendo um cabeça dura. Ele sabe que eu posso ajudar caso algo dê errado e ainda assim insiste em me deixar de fora.

Yuji sorriu, colocando as mãos atrás da cabeça:

-Ele parece gostar bastante de você.

Harumi assentiu:

-Nós fomos criados juntos por um bom tempo. Eu sempre o vi como um irmão mais velho. Ele sempre me alegrava, brincava comigo e até aprontava algumas também.- ela sorriu, as recordações vindo na mente. Mas então seu sorriso morreu, e ela continuou: -As coisas mudaram um pouco quando meus pais morreram. Ele continuou cuidando de mim da melhor forma que pôde, mas quando ele veio para a escola para se tornar um feiticeiro Jujutsu, eu acabei ficando um pouco só.

O vento soprou entre os dois, fazendo os cabelos de Harumi balançarem graciosamente e Yuji se viu preso naquela cena. Ela tinha um rosto delicado e arredondado, e a pele parecia ser bem macia ao toque.

''Mas o que é que eu to pensando?''- o rosado congelou com as coisas que se passavam em sua mente.

''-Ah, eu sinto o leve cheiro do desejo passando por aqui. Que coisa interessante.''- a voz de Sukuna soou em sua cabeça.

-Cala a boca seu patife!- Yuji soltou

-Como é?- a moça olhou para ele espantada

O jovem percebeu a burrada que havia cometido, balançando as mãos freneticamente em frente ao corpo.

-N-não é com você, é que- ele procurou a melhor forma de explicar- eu escuto o que ele fala na minha mente e isso incomoda.

Harumi assentiu e ponderou um pouco, finalmente decidindo perguntar:

Jujutsu Kaisen - Benção DivinaOnde histórias criam vida. Descubra agora