CAPITULO I

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Fazia duas semanas que eu não desfrutava da sobriedade

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Fazia duas semanas que eu não desfrutava da sobriedade.

Constando os únicos um mês que só estou de volta aqui, em Saints Fear. A cúpula de ricos, enfadados em uma residência enorme, de tijolinhos brancos e desing georgiano, que no todo passa uma vibração de garota mimada. Pessoas de todos os lugares que vivem tentando constantemente alcançar uns aos outros, na altitude do destaque, a troco de merda nenhuma. Depois de anos estou mais que certa que meu lugar não é aqui.

Algumas vezes, se torna deprimente ver a humilhação desses idiotas, muito raramente, confesso. É bom estar por fora do rinque, pela primeira vez, assistindo os galos de briga foderem com seus próprios topetes, é revigorante, na verdade.
Penso desta forma, porque mesmo que eu estivesse dentro de alguma luta, nada mudaria pra mim. Se você olhar por um ângulo oblíquo, sou intocável. E sim, eles realmente são uns mimados problemáticos, você acertou.

Minto ao dizer que seus esforços são a troco de nada. Passar as férias nas melhores condições, ou em alguns (poucos) casos, limpando cocô de cavalo, leva a um bônus delicioso ao paladar. O ticket de ouro, ou, acréscimo a sua ficha da faculdade, mais especificamente uma indicação prioritária para as faculdades da Ivy League. O que vamos dizer, não é pouca merda, não.

Já pensei muitas vezes sobre a funcionalidade desse lugar, durante anos matutei.
Está é minha conclusão final, meu TCC:
Se ao menos que você queira visibilidade na sua carreira esportiva, ou um passe livre de suborno aos grande gerenciadores universitários, junto a facilidade de passar nessas tais universidades. Em um todo Saints Fear é apenas aparências, todos tentando ao máximo pintar por cima da sujeira, mas apenas conseguindo retirar a tinta seca de cima da corrupção, olhando bem a fundo você consegue enxergar, aquele fio de cabelo que secou junto, mas não critica nada do que eles fazem. Afinal, quem não gostaria de passar em Harvard?

Nesse momento, estou curtindo as custas de todos eles, deitada, alucinando na grama molhada, frente ao antigo galpão de natação dos Grifos.

Embora Kaito tenha me obrigado a vir, ele não parou quieto comigo um minuto sequer. Meu garotão anda transando com Ame, Ametista, por incrível que pareça ela não tem nada haver com a nome, eu diria que é como um quartzo rosa, com seus cabelos cor de algodão doce, e podemos dizer que a supervisora tem uma obsessão por pedras preciosas.
Contudo, mesmo com a vitória de meu amigo, considero a sua falta de educação, se formos constar que a festa é de sua fraternidade.
Vamos lá, mostre um pouco de condescendência com seus convidados.
Pra variar, o moreno, me ofereceu algumas das diversas coisas ilegais, as quais não tenho nem um pouco de resistência, as quais ele tem sempre fácil acesso. Porém, não é uma reclamação, isso é a única coisa que me mantém absorta nesse mundinho.

Minha cabeça esta focada (e não muito focada) no imenso céu escuro, estrelado, nas árvores de laranjas, e no capim de um metro que rodeia toda a residência, não muito bem cuidada.
Podemos dizer que além do cigarro do artista, nossa estádia aqui, também é ilegal, não entraria em detalhes, mas isso justifica a falta de zelo. Ninguém imaginaria que os filhos dos grande empreendedores, estão socados em um lote abandonado, fazendo as coisas que os papais deles não podem nem sonhar, sem que precisem tomar uma cartela inteira de calmante.

EUDAIMONIA | Versify Series #01Onde histórias criam vida. Descubra agora