Enquanto seu estômago se revirava com socos do passado, lembranças doces e amargas, que fugiram por entre seus dedos, a dor pressionava pelo seu âmago, engulindo o apagador, com tilintar do álcool nas veias.
Bertha se viu forçada a tomar as rédeas...
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Confirmo a você o que deve estar tentando desvendar. Mitchell. Como ZeppelinMitchell, o guitarrista famoso dos Bone Shrapnel, a banda muito famosa nos anos 90. Sim, eles são parentes, mais especificamente, irmãos. Posso confessar, o dilf, roubou todo o gene bom da família, deixando Nikolai na miséria.
Meu corpo dá aquele instinto idiota enquanto ele aproxima cada vez mais, tornando próximo aquele reencontro que tanto tentei anular. Já é a quinta festa, e esperava que meus esconderijos pudessem durar por toda as férias.
⸺ Oi, Bertha ⸺ Sua voz rouca me cumprimenta.
Meu estômago revira de uma vez só, me lembrando da familiaridade em seu tom, do quão próximo já o escutei. Puta merda, estou perdida.
⸺ Nikolai. - comprimento com a cabeça, segurando meu maxilar bem forte. Raiva ondulando e me fazendo arrepiar a espinha.
Mave parece notar meu comportamento, súbitamente, um tanto estranho, como minha perna começa a se mexer instintivamente e meu rosto fica vermelho, porém não manifesta em palavras.
⸺ O Niko disse que não se importa em te levar pro dormitorio, já que tem que comprar mais bebidas, pra repor.
Não. Não quero que garoto nenhum, me leve a porra de lugar nenhum. Parece ser uma brincadeira idiota quando você observa pelo meu lado. Maverick sabe muito bem de todas as histórias.
Meu sorriso forçado diz: Não fode, pra completar uso meu sarcasmo quando falo:
⸺ Nikozinho sendo o lacaio, como nos velhos tempos.
Sua sombracelhas arqueia, mostrando surpresa, com a arrogância, ou por achar ter me convencido facilmente de ir, com ele. Recupero minha sanidade por poucos instantes:
⸺ Na verdade, acho que estou em condições de ir sozinha.
⸺ Não posso concordar.
⸺ Não estou falando com você. ⸺ corto o de cabelos negros.
⸺ Se você ficar com fazendo birra, te amarro na garupa dele a força.
Agora é a hora de meus olhos se arregalarem. Relembro de uma noite específica, do vento frio batendo em meu rosto, do ronronar da alta velocidade, do sorriso branco que recebia quando apertava mais meus braços ao arredor e... E isso me dói ardentemente, como esfaquear alguém no flanco, fico zonza, e irritada no meu tom de voz:
⸺ Nem fodendo que eu vou subir na moto desse amostruario de desenhos escolar.
Então o deixei indignado, com o timbre rouco e cortante:
