Capítulo XVIII

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Herbert

Herbert até se sentiu estranho essa noite, dormiu em uma cama muito confortável, quando se virou, viu Dapnhe dormindo tranquilamente, ele esticou a mão para toca-lá por impulso, mas logo afastou a mesma. Ela parecia muito tranquila dormindo, já era hora de Herbert admitir que gostava de Dapnhe, e talvez não seja de hoje mas depois que se conheceram melhor, ele não pode evitar, ele se lembrou de ontem, quando a pediu para ficar e os olhos dela brilhantes ao dizer sim. Ela parecia muito feliz, como não a via a muito tempo.

E então ela disse que iria contar quem era o pai de seu filho, Herbert não se importava e para ser sincero não queria saber, tudo indicava que era alguém da casa de Alan, mas Herbert não conseguia pensar em ninguém, o pai de Alan era apaixonado pela esposa, os tios dele quase não frequentavam aquela casa, e os primos eram todos casados, e Herbert os conheciam, nenhum homem daquela casa cometeria tal traição.

E quando Alan chegou ontem a noite, Dapnhe parecia ter ficado muito nervosa, mesmo não trabalhando mais na casa dele, Herbert pensou no que Alan tinha a ver nessa história, então Herbert concluiu que talvez Alan saiba quem era o pai do filho, e por isso que ela tenha ficado tão constrangida.

Ele se levantou antes dela e trocou de roupa, o quarto ainda estava escuro, mesmo não sendo tão cedo, ele percebeu que estava chovendo lá fora, ele estranhou, era a primeira vez chovia em todas as outras vezes que ele vinha, fazia um sol tao forte que doía até os olhos.

Ele abriu a porta do quarto e encontro Alan em sua frente.

-O que faz aqui? -Disse Herbert levando um susto, Alan sorri e o segue pelo corredor.

-Minha idéia principal era me despedir, mas seus irmãos me disseram que choveu muito ontem a noite, e agora tem uma árvore bloqueando a estrada, tinha que esperar parar de chover para retirala, então significa que eu vou passar mais um dia aqui.

-Um dia preso com toda minha família em casa? Não fique tão animado. -Herbert olhou para os dois lados e então olhou sério para Alan. -Eu preciso te perguntar uma coisa...

-Pode falar...

-Por acaso você sabe, quem é o pai do filho da Dapnhe? -Nesse momento Alan gelou no lugar, ele o olhou assustado, mas logo se recompôs e riu daquilo.

-Porque? Dapnhe te disse algo?

-Não, quando ela ia me dizer algo, foi quando você chegou, agora ela anda muito nervosa e estranha, suspeito que você deve saber de algo. -Alan parece pensar no assunto, depois de vários minutos ele fala.

-Bom, talvez eu saiba, ela pode ter ficado nervosa porque alguém que tem a ver com o passado dela tenha retornado, acho que a relação dela com esse...menbro da família não tenha sido uma das melhores.

-E quem você acha que seja?

-Amigo, eu gosto muito de Dapnhe, foi uma ótima empregada em minha casa, mas ela é só isso, uma empregada. Eu não prestava muita atenção nela, então não tenho certeza de nada, é melhor eu não falar o que eu não sei.

-Tem razão...mas isso não importa. -Disse Herbert sorrindo para si mesmo.

-Não está pensando em assumir um filho que não é seu, está? -O tom de voz de Alan não foi divertido ou de provocação, foi quase cruel, como se fosse um absurdo que ele fizesse isso.

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