Capítulo XIV

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Herbert

Na manhã seguinte Herbert acordou bem cedo e já foi direto para a cozinha, Lili ficou muito surpresa com seu pedido mas muito feliz. E assim que deu oito da manhã, ele subiu para o andar de cima com uma bandeja na mão, quando abriu a porta do quarto, viu que o prato de sobremesa que havia trago ontem a noite estava vazio, ele sorriu. Colocou a bandeja na cadeira ao lado da cama e se sentou cuidadosamente ao lado de Dapnhe, ela ainda dormia, seus cabelos estava espalhados pelo colchão, ele tirou alguns fios de seu rosto, ele não conseguiu acorda-lá.

Então ele foi até o outro lado do quarto e se sentou no seu sofá. Depois de talvez meia hora, que ele vê Dapnhe esticando os braços e se sentando na cama, ela solta um grito de susto ao vê-lo olhando para ela.

-Bom dia madame. -Ele disse se aproximando, ela cobria até o pescoço com seus lençóis. -Você estava um pouco...abatida ontem então fiz um café da manhã para você.

-Você não...obrigada! -Ela disse enquanto olhava o que tinha na bandeja.

-Temos, pão, geleia, frutas, café e a coisa que me deixava mais feliz que são: chá com biscoitos. -Ela olhou para ele de um jeito tão doce e carinhoso que valeu a pena ele ter acordado 6 horas da manhã e ter ficado todo sujo de farinha.

-Eu não sabia que você cozinhava. -Ela disse se sentando melhor na cama e pegando uma xícara de chá.

-Eu não cozinho! Acho que eu nunca fiz nada em toda minha vida. Mas eu quis fazer isso para você, eu tinha me empolgado e fiz muitos, mas quase a maioria queimou quando tirei do forno, eu trouxe esses três, foram os que ficaram menos queimados.

-Você não precisava ter tido tanto trabalho. -Ela disse pegando um biscoito.

-Você também não precisava, mas fazia toda vez. -Ela o olhou sem graça e logo voltou a atenção para o seu biscoito. -Ficou muito ruim?

-Não ficou horrível... -Ela disse dando outra mordida.

-Acho que esse é o melhor elogio que eu vou receber. Eu nunca vou conseguir fazer biscoitos como os seus.

-O que eu posso dizer? É uma receita de família.

-Seu futuro marido vai ter muita sorte de ter você, eu ja me considero um homem de sorte. -Herbert percebeu Dapnhe ficar na defensiva.

-Não é nenhum segredo, talvez um dia eu te conte.

-Eu prefiro quando você faz para mim. -Ele diz pegando um biscoito e dando uma mordida e fazendo uma careta.

-Eu também gosto de fazê-los para você. -Ela disse, tomando mais um gole em seu chá.

-Você por acaso...já foi em um baile? -Herbert pergunta animado, mas quando Dapnhe concorda com a cabeça a decepção é visível no rosto dele. -Eu jurei que você ia dizer que nunca foi.

-Bom, eu fui escondido. Com as outras serviçais...eu não consegui me divertir pois eu estava com muito medo de ser descoberta.

-O que você acha de ir a um baile comigo hoje a noite?

-De verdade? -Os olhos de Dapnhe se iluminaram.

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