Dapnhe
Eles não consigam achar o baú onde tinha as roupas e os lençóis, Herbert disse que estava cansado e se eles podiam dar uma pausa. Dapnhe confirmou mas continuou na sala, pela janela, limpando a poeira com as mãos, ela pode ver Herbert e Henry do lado de fora, eles pareciam estar rindo juntos, Dapnhe ficou extremamente feliz por eles terem se resolvido.
Ela se sentou na cadeira da escrivaninha, para descansar, na situação atual dela, qualquer esforço a deixava muito cansada, reamente ela sentia que seu bebê estava cada dia mais perto. Quando ela tentou se levantar, ela bateu o joelho na mesa, ela gemeu de dor e se inclinou para levantar a barra do vestido para confirmar se ela tinha se ferido, mas não havia nenhum arranhão, só estava vermelho, e então ela viu uma carta no chão. Com muita dificuldade ela consegue pegar. Parecia ser uma das cartas da falecida esposa de Henry, até começava com "Minha amada Samatha". Isso a fez se sentir péssima, mas ela guardou a carta e se levantou com o joelho ainda dolorido. Quando ela chegou na porta, viu Henry chegando, ele se surpreende quando a vê.
-Não achei que você ainda estivesse ai dentro. Herbert não deixou o trabalho sujo para você, certo?
-Não, não. -Nesse momento ela escondeu a carta em suas costas. -Eu estava olhando o que a gente podia usar.
-Ah, sobre isso! Eu e Herbert estávamos pensando e...acho que está na hora de usar esse quarto de novo. Então vamos jogar fora o que não der mais para usar, e vamos arrumar o que ainda pode. E assim esse quarto pode ser para o seu bebê quando nascer. -Dapnhe olhou para o quarto e para Henry, com lágrimas nos olhos.
-Tem certeza?
-É claro, aceite isso como um agradecimento por tudo.
-Eu não fiz nada querendo algo em troca. -Assegurou ela.
-Eu sei, e é por isso que eu quero fazer isso por você. Afinal é o meu sobrinho. -Ouvir ele dizer essas coisas fazia Dapnhe se sentir muito mal, ela estava enganando todos naquela casa, mas pior...estava quase acreditando na sua mentira.
-Eu...vou para o meu quarto... -Disse ela piscando várias vezes para afastar as lágrimas.
-Está tudo bem? -Perguntou Henry preocupado.
-Está! Eu estou cansada, tivemos um dia cheio hoje.
-Tem razão, bom descanso.
Disse ele entrando em seu quarto, Dapnhe vai para seu quarto e fecha a porta atrás de si, nenhuma das portas tinha tranca, então ela se sentou em sua cama de costas para a porta e abriu a carta devagar, basicamente dizia que ele sentia muita falta dela, e que ficava louco pensando nela e não podendo tê-la, e que um dia eles poderiam ficar juntos livremente, e que esse dia estava muito próximo.
Dapnhe não tentou entender o lado de Samantha, mas também não a julgou. Para uma mulher que sempre quis ter um filho, casar com um homem que não pode lhe dar um...com certeza abalou o casamento deles, mas ela se colocou no lugar dela...
Dapnhe se lembra da primeira vez que recebeu uma carta anônima, eram nove da noite, algo saiu de baixo de sua porta e parou no pé de sua cama. Ela se levantou para pegar, era uma carta, sempre começava com "Minha bela Dapnhe" mas nunca tinha nome, no início era apenas elogios, como "Você estava linda hoje a tarde" e "Quem me dera ter coragem de falar com você ", mas com o passar do tempo ela recebia cartas mais completas, depois de algumas cartas ela resolveu responder, no mesmo horário que uma carta foi jogada para dentro do quarto, outra foi jogada para fora, ambas por baixo da porta, segundo seus cálculos, eles devem ter trocado mais de 100 cartas nessa período, ninguém nunca as encontrou, ela escondia de baixo do colchão de sua cama, quando foi embora da casa, levou apenas uma. A última carta que trocaram antes de se verem.
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Nossa Mentira de Verão | Completo
Historical FictionHerbert tinha sido convidado para o verão na casa Johnson's, onde iria todos seus mais de 50 familiares, e como era o filho mais velho, ele também era o único solteiro da família, ao ficar sabendo que seu pai planeja deixar a mansão de verão em seu...