A armadilha | Zhuilingyi

Pistas

Depois da estranha conversa com a mulher, voltaram para seus lugares iniciais, esperando os outros voltarem com mais informações.

— Perceberam como aquela mulher foi estranha? Como pode simplesmente surtar e depois agir como se nada tivesse acontecido? Hmpf. – comentou Jin Ling.

— Isso não me soa estranho... – falou JingYi, parecendo pensativo.

Lan Sizhui olhou com esperança para o amigo, mas logo desistiu de alguma resposta séria.

— Parece você, Jovem dama! Temperamental, estranho, rude... – foi enumerando.

Jin Ling se estressou e quase bateu no mais velho, isso se não fosse pelo outro Lan ocupar o espaço entre os dois, impedindo que o Jin prosseguisse.

— Sem brigas! – alertou Sizhui.

Jin ling recuou com cara de poucos amigos, assim como o que se escondia atrás de A-Yuan.

Parecendo satisfeito com o fim da briga, Sizhui saiu do meio dos amigos.

Em questão de minutos os outros garotos foram chegando e voltando para a formação inicial.

— O que descobriram? – perguntou Sizhui.

— Falamos com o vendedor. – começou um dos jovens – ele falou que não foi a primeira vez em que presenciou alguém surtar assim.

— Prossigam – Mandou Jin Ling

— Dois dias atrás ele relata ter visto um homem gritar com sua esposa na rua. – continuou outro.

— Poderia ser apenas um briga de casal. – pontuou Lan JingYi.

— Poderia. Isso se ela não tivesse falecido há dois anos atrás. – completou.

"Dois", pensou Lan Sizhui.

— Parece que todos estão alucinando com algum familiar – concluiu Jin Ling.

— Também não é isso. – apontou outro discípulo.

Jin Ling não sabia mais quem estava falando, na sua cabeça, juntava as informações nas vozes de Sizhui e JingYi.

— Houve relatos de um homem que não alucinou com familiares, na verdade, sequer alucinou com pessoas! – revelou.

Com aquela quantidade de informações, o próximo a alucinar seria Lan JingYi. Como tem tanta gente alucinada? Não deveriam ir ao médico?

— Esse homem alucinou com sua sombra. Ele via sua sombra tentando o esganar e sempre ficava sufocado com isso, chegando a sentir o aperto no seu pescoço. – iniciou – Chegou um momento em que ele não aguentou. Sua mãe teve a tristeza de ver seu amado filho morto em seu quarto. Tudo indica que ele morreu asfixiado. – terminou angustiado.

Definitivamente isso não estava certo. Poderia a sombra ter matado o homem?