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𝐼𝑠𝑎𝑏𝑒𝑙𝑙𝑎
Olho para trás vendo Klaus e Stefan conversando em uma cadeira afastados, termino a cerveja assim que Ray entra no bar
Observo seus passos sem dar muito na cara, ele para ao meu lado esperando ser atendido
Me levanto ficando atrás dele enquanto Klaus conversa com ele, Ray tenta ir embora mas da de cara comigo, Stefan para ao lado dele, o deixando cercado
— Você acabou de chegar —sorri e faço sinal com a cabeça apontando para sua cerveja
Quieta estava, quieta fiquei ouvindo a conversa de Klaus e Ray
— Não pode me hipnotizar —Ray diz a Klaus
Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, ele bem que poderia colaborar e dizer logo onde está a matilha, pouparia eu ter que participar disso
Volto a me sentar onde estava, quando percebo o olhar de Klaus em mim, mas ignoro pedindo outra cerveja
— Ajude Stefan a prende-lo —Klaus manda com os braços cruzados
Respiro fundo segurando o braço de Ray, o levando na direção da parede, aperto seu braço quando ele tenta se soltar
— Colabora aí, me faz perder a pose de boazinha não —digo o amarrando
O olhar raivoso do homem me deixou atenta, afinal ele ainda é um lobisomem e eu vampira
Termino de amarra-lo e passo por Stefan dando dois tapinhas em seu ombro
— É todo seu —sussurro em seu ouvido
Vejo Klaus com os pés na cadeira em que eu estava, ao perceber meu olhar retira os pés colocando no balcão, fazendo sinal com a cabeça para mim ir se sentar
— É uma tremenda falta de educação colocar os pés no balcão —o repreendo
Me sento ao seu lado, olhando Stefan torturando Ray, distraída sinto um braço repousando em meu ombro, não precisei nem checar de quem se tratava, conhecia muito bem esse toque, essa mão, e essa cara de pau
— Pode tirar a mão —aviso sem desviar o olhar de Stefan— ou eu enfio um daqueles dardos banhado a wolfsbane nessa sua carinha linda
— Carinha linda? —debocha sorrindo
Reviro os olhos tirando o braço dele que rodeava meu pescoço, cruzando os braços logo em seguida
— As opções duplicaram, além de verbena, agora wolfsbane também são úteis —sorri enquanto ele me encara sério
— Bella, ambos sabendo que você não consegue me ferir —sussurra em meu ouvido
Me levanto indo até Stefan, pegando um dos dardos que ele iria usar
— Vai querer tentar a sorte? —me sento ao seu lado novamente, voltando a mesma posição que estava
Para me provocar ele insiste em colocar seu braço ao redor de meu pescoço, testando se terei mesmo coragem de confronta-lo
Pego o dardo e repouso sobre sua mão, escutando o barulho de sua pele queimando, Klaus logo puxa a mão resmungando algo
Jogo o dardo que estava comigo em Ray, surpreendendo Stefan que me olha confuso, apenas dou de ombros pegando o copo de whisky que estava nas mãos de Klaus, bebericando um pouco
— Sua sorte é que gosto desse seu jeito selvagem —resmunga com os braços cruzados— mas não se esqueça quem da as ordens aqui
O encaro com tédio mas sem responder mais nada, os gritos de Ray estavam começando a me incomodar, quando Claudine se aproxima
Klaus se levanta e a moça sussurra em seu ouvido que Damon continua a seguir os rastros do irmão
— Se fossem mais cautelosos, ele não teria pistas para seguir —resmungo quando Stefan se aproxima
— Deixa que eu cuido disso —Stefan pede, olho para Klaus esperando sua resposta
— Por que devo deixá-lo ir? —Pergunta encarando o moreno
Quando seu olhar se encontra ao meu, aceno com a cabeça concordando com a opção de deixá-lo ir cuidar do irmão, Stefan precisa se controlar, ou pelo menos encontrar um motivo para se encontrar novamente
Deixo os dois conversando e vou até Ray, coloco uma cadeira em sua frente, tiro o dardo que estava próximo ao seu rosto, me sentando logo em seguida
— Sei que não pode entregar seu bando —digo olhando para Klaus e Stefan conversando— mas de qualquer forma Klaus irá descobrir, você não precisa se machucar mais
Assim que ele me diz o lugar, me levanto retirando a cadeira do caminho, tiro todos os dardos que estavam nele, quando estou prestes a solta-lo sinto uma mão em meu pulso
— O que pensa que está fazendo? —Klaus pergunta sério
— Ele me disse o lugar, não há necessidade de mantê-lo preso —dou de ombros puxando meu pulso começando a sentir o incomodo de seu aperto
Retiro as cordas que prendiam Ray junto a parede, respiro fundo ao ter que segurar o rapaz sujando minha roupa de sangue, olho para Klaus esperando que ele me ajude, porém ele apenas ri
Coloco Ray em cima da mesa a mando de Klaus
— Pode ir trocar de roupa —diz olhando para minha camiseta branca, agora machada de vermelho
Pego a chave do carro sem ânimo algum, saindo do bar atrás de roupas limpas, Klaus nem ao menos me deixou ir buscar roupas na casa dos Salvatore
Estou com poucas peças limpas agora, uma única mochila de roupas foi o que ele me arrumou
Me troco no carro mesmo, daria tudo por um banho e uma boa noite de sono, em uma cama de preferência, dormir em carro é horrível, dois meses viajando é ainda pior
Saio do carro e encontro Stefan no telefone, observo por um momento e percebo lágrimas em seus olhos, me aproximo e assim que ele nota minha presença limpa os olhos me olhando
— Está tudo bem? —pergunto segurando seu braço
—Damon não será mais um problema —responde sem emoção nenhuma
— Já chega, você não vai fingir que está bem, não pra mim Stefan —aumento o tom de voz o encarando nos olhos— não tô entendendo o porquê de você estar me ignorando
— Eu não estou te ignorando —responde desviando o olhar
— Não está? Quantas palavras você trocou comigo durante dois meses? Prometi a Lexi que jamais iria te abandonar, então se você quer me ignorar, fingir que não existo, tudo bem! —suspiro— mesmo você não querendo, eu estarei ali para te obrigar a sentir todo e qualquer sentimento que existe
O solto deixando uma única lágrima escorrer por meu rosto, Stefan me olha preocupado enquanto engulo em seco
— Já perdi uma melhor amiga Stefan, não me faça sofrer por perder você também —peço segurando o choro
— Pelo menos temos um a outro, nesta viagem insuportável —diz amenizando o clima
Abraço Stefan e logo sinto algumas lágrimas molhando meu ombro
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Angels like you, Damons like me
VampireA distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.