Gabriela Fowler

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              A festa de virada do ano eu passei na praia. Vendo os fogos de artifício, tomando champagne e dançando no meio daqueles desconhecidos. A maioria tinha o seu par. E por um momento eu me senti terrivelmente sozinha. Não sabia se isso já tinha acontecido com a minha prima, mas eu começava a pensar em formar uma família. Minha vida parecia parada. Estagnada. Eu tinha uma casa própria, um carro e muito dinheiro na minha conta. Mas é como diziam... "A felicidade só é verdadeira se for compartilhada. Ninguém é feliz sozinho." E eu tinha que concordar. Já que havia um motivo pelo qual seres humanos buscavam o contato uns com os outros. Mas no meio em que eu vivia tudo era direcionado pelo dinheiro. Se eu dissesse que queria um companheiro aos meus pais, iriam me arrumar um encontro arranjado com algum rapaz rico, filho de algum conhecido com quem já fizeram acordos comerciais. Frio e impessoal. Eu queria me apaixonar loucamente, do tipo que te faz perder a cabeça e não ser mais você mesma. No entanto, eu não conseguia gostar de ninguém. Havia algum problema com o meu coração. Parecia haver uma pedra de gelo no lugar. 

            _ Meu desejo para esse ano que começa, é que ao final dele eu tenha um companheiro. Com quem irei construir uma bela família. 

♡♡♡

             Janeiro começou com tudo. Muitas pessoas aproveitavam as férias para vários tipos de eventos. O que fez bastante dinheiro entrar no meu caixa. Eu estava conferindo as encomendas, quando minha prima entrou na minha sala. 

             _ Olha quem veio te visitar. _ ela disse.

             Era a única amizade sincera que eu tinha. 

             _ Obrigada por vir. Sente-se. 

             _ Precisava me distrair um pouco. Não aguento mais ter que lidar com as coisas da empresa. É bem mais complicado do que eu imaginava. Estou tão cansada.

             _ Não é fácil estar no topo. Eu preciso revisar tudo para que nada saia do controle, ou o prejuízo é muito grande e eu não quero que o meu negócio dê errado e eu precise fechar. 

             _ Se eu falir a empresa que meu pai cuidou tão bem, vou me sentir a mais fracassada das mulheres. _ ela dramatizou. _ Aquele projeto para o CEO da Carter está me dando uma dor de cabeça... Ele quer que eu entregue a obra em um prazo que não tem condições de cumprir. 

              _ Esses chefes são muito complicados. Eu tive a chance de ver o senhor Carter, no evento que organizei para o senhor Simons. Que maldade, prima! Ele tem mesmo um rostinho delicado, mas é um belo homem e tem um charme incrível. 

              _ Sinceramente não acho. Não desperta nem um pouco a minha libido. Sabe que eu prefiro os mais brutos. _ ela piscou. 

              _ Namore um viking. _ brinquei. _ O senhor Simons também flertou comigo, mas eu logo o dispensei. Sabe o que ouvi naquele evento? Que o Carter tem o costume de assediar as empregadas no elevador e o Simons as leva para o escritório dele. Acredita nisso? Que existem mulheres que gostam de ser tratadas como objetos?

              _ Acredito! Um jovem rico e bonito desperta a libido da maioria das mulheres. O que não é o nosso caso. Já que também somos lindas e ricas! _ ela deu risada. _ É preciso muito mais do que aparência e dinheiro para me atrair. Mas é claro que beleza conta um pouco. Também não vou namorar um ogro. 

             _ Preciso sair e me distrair um pouco. Conhecer outras pessoas. Já que está cansada do trabalho, quer me fazer companhia? _ convidei.

             _ E onde nós iremos para procurar homens que valham a pena flertar? _ ela se animou. 

             _ Dizem que o melhor lugar de Nova York é a Starlite. 

Is It Love? Carter Corp - Amor e Poder Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora