Brenda

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        Eu não devia estar ali. Mas ele me presenteou com seu belo quadro e seria um tanto mal educado da minha parte recusar o seu convite. A Starlite estava lotada como sempre e foi um pouco difícil encontrá-lo. Mas assim que o vi, senti que meu corpo arrepiava. E isso me irritou. 

         _ Boa noite. Linda como sempre!

         _ Boa noite. Igualmente! Aliás... Obrigada pelo quadro. O artista é bom. Conseguiu deixar seu rosto delicado parecendo mais... Intrigante!

         _ Te deixou excitada?

         _ Não exagere! _ desdenhei. _ E precisamos falar sobre o mal entendido.

         Ele me encarou confuso.

         _ Eu não gosto de ser agredida. Nem meu pai, que era o único homem com direito a isso, o fez.

         Ficou um silêncio. Enquanto ele me observava atentamente.

          _ Você gostou. Não negue!

         _ Meu corpo reagiu e eu não sei porque. Mas não pretendo repetir a experiência!

         _ Uma pena. Pensei que éramos compatíveis nisso.

         _ Eu já nem sei mais se me conheço. _ deixei escapar.

         _ Talvez isso seja o que realmente goste. E está apenas assustada e recusando por questão da forma como foi criada. Primeira vez que faz assim?

         _ Foi. É errado ter agressão no sexo. Deveria ser um momento de carinho.

         _ Eu não sou romântico.

         _ Percebi.

        Ainda estava frustrada pela maneira como tudo aconteceu. Eu ter que tirar as roupas. Ele ir direto na minha intimidade. E ainda ser agressivo. Percebi que eu gostava de romantismo.

         _ Vamos dançar. Estamos aqui para dezestressar do trabalho. Não é? _ ele disse.

         Aceitei a mão que ele oferecia e fui balançar o esqueleto. Carter parecia relaxado e animado. Diferente do jeito sério e frio que ficava no trabalho. Tinha uma energia atrativa. E um cheiro muito bom. Quando notei, já estávamos colados um no outro. Os corpos se esfregando. E eu podia sentir sua excitação. Quando ele se inclinou para me  beijar, eu não recusei. E não me importei que ele apertasse a minha bunda.

        _ Prometo que não vou agredir dessa vez. Vamos para o meu apartamento. _ ele sussurrou no meu ouvido.

         Meu ego ferido queria uma compensação. Uma transa digna e do jeito certo. Seria ruim que a única lembrança dele, fosse aquele momento agressivo na Espanha.

          _ Faça do jeito certo. Ou não vou mais transar com você!

         _ Não existe jeito certo. Existe o jeito que cada um gosta! Te mostrei o meu. Me mostre o seu. Está no controle hoje.

        Eu estava acostumada a ter meus caprichos atendidos. Mimada sim. Com orgulho.

        O apartamento dele tinha a sua marca registrada... Frieza! Cores neutras. Cinza e branco predominavam.

        _ Onde quer fazer isso? _ ele questionou, tirando o relógio.
       
         _ Gosto da sala. O sofá oferece várias possibilidades. E é mais confortável! _ admiti.

         _ Eu gosto do banheiro. _ ele confessou.

        Se eu estava no controle, então não precisava me preocupar com a nota que ele teria.

Is It Love? Carter Corp - Amor e Poder Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora