O preço da fama II

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Pra quem quiser ir carregando para ler:  https://www.youtube.com/watch?v=6aM7IyB4IsI

Legendas: itálico = lembranças (lembranças reais inclusive, quem quiser, vejam os vídeos  da: https://twitter.com/undersariette


– Não! – Juliette gritou.

A cena a seguir foi bastante aterrorizante, forte e rápida: O homem errou a mira e no lugar de acertar o tiro na Juliette, atingiu um dos braços da Sarah que caiu no chão de dor. Atirou desesperado mais duas vezes em direção a paraibana que abaixou aterrorizada e o tiro quebrou todo o vidro traseiro. Viu a chegada dos seguranças do local e correu para dentro do carro com os outros comparsas, ligou o motor, afundou os pés no acelerador e fugiu para bem longe.

Debra tentou ir atrás do carro e tirar algumas fotos da placa do carro com o celular para rastrear mais tarde enquanto Juliette foi a primeira para perto da Sarah remoendo de dor com o braço baleado e ensanguentado.

A ficha da paraibana ainda não tinha caído com aquele cenário de terror que aconteceu muito rápido. Ela não conseguia acreditar em ver a ex-sister caído a sua frente diante dos seus olhos marejados de dor e de uma culpa sem fim. Abraçou a loira deitada sem se importar em manchar sua roupa de sangue e gritou chorando pro céu: – Oh meu Deus, isso é muita crueldade – disse com voz trêmula – esse tiro era pra mim... era pra mim... não era pra ela não senhor – e chorou mais alto – a culpa é minha... a culpa é minha, não era pra ela não... não...

No próximo instante, Roberta veio com o rosto marejado e avisou que a ambulância já estava a caminho e ficou ali junto da pitica aos prantos, tentando reanimar sua amiga e parceira de trabalho.

Aqueles minutos que antecederam a chegada da ambulância foram os mais agoniantes a todos ali, principalmente a nossa protagonista que se sentia a ser mais culpada desse mundo pelo estado da loira. Queria gritar de tanta agonia mesmo sem voz e acordar daquele pesadelo.

Os funcionários do estúdio também vieram socorrer a Sarah enquanto uma parte da equipe seguiu a delegacia mais perto para abrir ocorrência junto com o Higor e a outra parte ao hospital. A loira ferida que estava gemendo de dor foi sedada, imobilizada e carregada dentro da ambulância antes de correr ao hospital mais próximo.

No pronto-socorro do hospital, os enfermeiros correram com a loira na maca para o serviço de urgência e todos ficaram a espera de notícias nervosos como a Juliette que não conseguia parar quieta na recepção. Os acompanhantes dos pacientes em atendimento, médicos e faxineiros reconheceram a figurinha estampada do Big Brother e aproximaram prestando apoio por vê-la naquele estado digno de pena.

Juliette aproveitou a aproximação de um médico e perguntou com a voz embargada: – Por favor... eu preciso saber da Sarah...

– A Sarah, a Sarah ex-BBB? – o médico perguntou, surpreso.

– Sim... ela levou um tiro – segurou o choro e falou – por minha causa...

– Claro, claro, eu já vou verificar e volto aqui.

Após algum tempo de espera um outro médico apareceu com o diagnóstico da loira. O homem de jaleco branco respirou fundo como se quisesse prepará-la para dar a notícia: – A paciente, ela, ela perdeu muito sangue – ele fez uma pausa ao vê-la colocar a mão na boca, fechar os olhos e derramar mais e mais lágrimas e continuou – ela precisa ser transferida urgente para fazer uma operação emergencial no braço baleado se não – completou – pode comprometer os movimentos do braço.

– Não... não... – Juliette sacudiu a cabeça e segurou-se na Roberta que também estava segurando o choro – isso só pode ser um pesadelo senhor.

After (Sariette)Onde histórias criam vida. Descubra agora