Capítulo 2

17 2 8
                                    

Confiro o dinheiro novamente quando Tom me entrega

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Confiro o dinheiro novamente quando Tom me entrega. Cinco dólares por hora pode parecer pouco, mas é melhor que nada.

Além disso, as gorjetas que consigo todos os dias pela simpatia amarela, me faz conseguir pagar o quarto da república que vivo.

— Aqui — ele me entrega mais vinte dólares. — O restante do pagamento que faltou semana passada.

— Obrigada, Tom — agradeço, guardando tudo no bolso da minha jaqueta. — Até amanhã.

— Até — o homem faz um sinal com a cabeça, fechando o caixa.

Quando me retiro da lanchonete, Pitty está encostada em seu Fiat quase aos pedaços e com um cigarro nos lábios.

Ela nota minha presença e solta um sorrisinho, jogando a cartela para mim.

Reviro os olhos, retirando um. Pego meu próprio isqueiro e o acendo, dando uma tragada profunda.

— Dia longo — ela fala.

Dou de ombros, vendo a fumaça sair dos lábios antes de dizer:

— Como todos os outros dias.

— Então, como está a faculdade?

— Renovaram minha bolsa, como sempre. Só preciso pagar o aluguel do quarto.

— Eles deveriam cobrir tudo.

— Talvez — eu concordo, com outra tragada. — Mas não posso me rebelar diante a isso. Para alguém como eu, é melhor que nada. Não conseguiria pagar a faculdade sozinha, você sabe. Não se um milagre não acontecesse. E, bem, o aluguel é suportável.

— Claro, duzentos dólares em um quarto minúsculo dentro de um prédio repleto de estudantes idiotas parece incrível — ela concorda, com uma leve ironia na voz.

— Não é esse o pequeno preço que pagamos pela formação? — sorrio fraco.

— Só você. Não estou nem aí para essas baboseiras — ela joga o cigarro pela metade no chão, pisando nele. — Te vejo amanhã? — pergunta, entrando no carro.

Tiro meu corpo de cima do capô e concordo, ainda com o cigarro nos lábios.

Eu não tinha o costume de fumar quando era menor, mas crescer fazia isso conosco.

Arrumar um jeito de acalmar o corpo. Tentar não sentir nada e evitar pensar tanto nas responsabilidades.

— Amanhã, claro — confirmo.

Ela liga o automóvel, mas antes de sair, coloca o corpo para fora rapidamente.

— Toma cuidado, tá bem?

Refiro os olhos.

— Pode deixar, mãe.

Pitty me mostra o dedo do meio com um sorriso grande nos lábios e vai embora, rumo a sua casa.

Ággelos ❄ GOT7Onde histórias criam vida. Descubra agora