Se Ainda Existe Amor

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Sarah trabalhava há anos no mesmo colégio. Desde pequena sonhou em ser professora. Ela estava intrigada com uma de suas alunas, que havia sido transferida há pouco tempo. A menina estava com dificuldade para se adaptar à nova escola.

— Oi, meu anjo — falou Sarah, agachando-se para ficar da altura da menina. — Por que você está tristonha?

Maria Eduarda fungou antes de falar.

— Eu quero a minha mamãe — choramingou a menina.

Sarah pegou-a no colo.

— Venha, vou ligar para a sua mamãe.

A menina era inteligente e ditou o número da mãe. Quem atendeu foi a secretária.

— Olá, boa tarde! Eu desconheço esse número — murmurou a moça do outro lado da linha.

Duda encostou a cabeça sobre o ombro da professora.

— Ah, perdão. Meu nome é Sarah, sou professora da Maria Eduarda — suspirou. — Posso falar com a mãe dela?

— Sinto muito, mas ela está em reunião no momento — frisou a moça. — Mas vou avisá-la que a senhora ligou, tá bom?

Bernadette entrou na sala de reuniões e sussurrou algo no ouvido da chefe. A morena dispensou todos um pouco mais cedo e partiu para a escola onde a filha estudava.

Dudinha dormia no colo da professora. A menina lembrava muito Sarah quando mais nova.

Juliette deixou a bolsa no carro e andou rapidamente até a sala onde sua primogênita estudava. Ela se aproximou calmamente, a professora estava de costas para a entrada.

— Olá, boa tarde!

Sarah quase derrubou a menina no chão ao reconhecer aquela voz que tanto lhe cativava.

— Juliette? — perguntou, um pouco confusa.

— Mamãe! — disse a menina, pulando no colo da mãe. — Saudades, mamãe — murmurou com os olhos lacrimejando.

— Acho que precisamos conversar... — disse Sarah.

— Outra hora, por favor — falou Juliette, segurando o choro.

Juliette saiu com a filha no colo, carregando-a com um pouco de dificuldade por conta da altura. Maria tinha sete anos, mas era muito alta para a sua idade, como Sarah.

Sarah ficou na sala, chorando, presa em seus próprios devaneios e inseguranças.

Juliette colocou a filha no banco de trás, em sua cadeirinha. Ela voltou para o banco do motorista, limpou as lágrimas e seguiu para casa.

— Papai! — gritou a menina, pulando no colo daquele que acreditava ser seu pai.

— Own, meu pinguinho de gente, como foi na escola?! — perguntou Gilberto.

Gilberto e Juliette eram amigos desde a infância. Ele acompanhou o breve romance que a morena teve com a filha do caseiro. Ele foi crucial quando ela descobriu a gravidez.

Alfredo, pai de Juliette, não queria que ela se relacionasse com Sarah Caroline, pois não pertenciam à mesma classe social. Eles bolaram um plano: Gil ajudou-as a se encontrarem escondidas, até que um dia, um dos capatazes da fazenda as encontrou sozinhas no pequeno chalé. Ele arrancou Juliette dos braços de sua amada e escorraçou Caroline e toda sua família para fora da fazenda.

— Aqui, ela não pisa mais! — disse Alfredo, furioso. — Como você pode gostar daquela pessoa horrenda? — referiu-se à condição física de Caroline.

Juliette ignorou as palavras absurdas de seu pai. Trancou-se no quarto, chorando rios de lágrimas por ter perdido o grande amor de sua vida.

[...]

Continua.

Uma Noite Apenas - Sariette (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora