Após o incidente...

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1 - Parte 

(...) 

Juliette estava de licença, devido ao estado em que a sua noiva se encontrava. A morena se desdobrava entre a escola da filha e o hospital, pois Caroline continuava internada. 

A faixa havia sido tirada um dia após o acidente, Sarah ficou bastante feliz, pois não havia se acostumado com aquele troço atrapalhando a sua visão. 

_ Gilberto disse que iria buscá-la. - comentou Juliette ao perceber o quão apreensiva a loira estava. 

_ Amor? Alguém sabe do seu pai? - perguntou a loira.

_ Ainda não amor! Mas espero que ele seja preso. - disse convicta. - O que ele fez com você foi uma barbaridade imensurável. 

_ Na verdade, foi uma tentativa de homicídio. - frisou Sarah. - Mas não vamos falar disso, pelo menos não agora. - sussurrou. - Estou tão feliz que esteja aqui e ainda mais, pois estava morrendo de saudades de encarar essa imensidão castanha que são os seus olhos. - murmurou a loira com um sorriso no rosto. 

Juliette se inclinou para beijá-la. O beijo foi interrompido pela entrada de Gilberto e Duda. A menina desceu do colo do pai, correndo até a cama da mãe. 

_ Olha mamãe, eu te fiz um desenho. - comentou entregando a folha de papel para Caroline. - Espero que goste. - murmurou. 

_ Ju, você não quer almoçar? - perguntou Gilberto. -

No caminho, eles haviam passado o restaurante e comprado as coisas que a morena gosta. 

_ Eu amei o presente, minha paixão. - respondeu Sarah puxando-a para sentar-se na cama. - Eu te amo tanto, minha baixinha. - frisou a loira. 

Duda acariciou o rosto machucado da mãe. Os olhos da menina lacrimejam. 

_ Own! Não chora. - pediu Caroline. - Eu tô bem. - frisou. 

Sarah abrigou a filha contra o peito, a menina chorava curiosamente.

_ O vovô não poderia ter feito essa atrocidade com você, mamãe. - comentou a menina. - A senhora está toda machucada. - disse enquanto soluçava. 

Juliette ofereceu um copo com água, para que ela se acalmasse. A menina tocou tudo num só gole. 

_ Está mais calma? - perguntou Caroline. 

A pequena fez um sinal com a cabeça, enquanto se escondia na curva do pescoço da mãe. 

_ Eu tô aqui para protegê-la. - disse Caroline. - Não precisa ter medo, minha baixinha. - disse a mais velha. - Agora  conte-nos como foi na escola? - perguntou. 

Duda relatava como havia sido o seu dia na escola, a pequena fala euforicamente das suas travessuras, enquanto era observada por todos.  

_ Mamãe, chegou uma aluna nova na minha sala. - disse a menina.- A senhora acredita que poucos alunos foram falar com ela? - disse com os olhinhos brilhando. - E eu fui uma desses alunos, pois não é nada bom sentir-se sozinha. E agora somos amigas, mamãe. - finalizou. 

_ Estou muito orgulhosa de você, minha paixão. - disse Caroline. 

_ Mamãe, a senhora já providenciou a minha irmãzinha? - perguntou-a. 

Sarah, Gilberto e Juliette se entreolharam.

_ Por favorzinho. - insistiu a menina. 

_ Calma meu amor, deixa a sua mãe se recuperar... - murmurou Juliette. 

_ Sim! Mas será em breve, minha baixinha. - comentou Caroline fazendo cócegas na menina. 

Duda começou a rir sem parar. Era impressionante o quão ela era parecida com a mãe em tudo, até a sua risada lembrava muito a risada de Caroline. 

_ Agora vamos almoçar, mocinhas. - enfatizou Juliette. 

Eles almoçaram enquanto conversavam. Duda se abrigou contra o peito da mãe, a menina dormiu sob os carinhos da loira em sua nuca. 

_ Ela é um anjo. - sussurrou Sarah para não acordá-la. 

O que lhe acalentava era o semblante que havia guardado em seu coração. 

_ Sarah, ela é sua cópia exata! - disse Gilberto. 

Neste um dia sem vê-la, ela a reconheceu pelo olhar do coração. 

_ Muito! - respondeu Juliette. - A nossa menina. - frisou. 

Os três conversavam sobre a tentativa de homicídio contra Caroline. 

_ Ele queria ceifar a sua vida. - comentou o moreno, preocupado com a integridade física da amiga. - Ele é capaz de tudo! 

Sarah sentiu os seus olhos encherem de lágrimas. A mesma engoliu o choro. 

_ Ele pode até me destruir, mas nunca irei deixá-lo tocar um dedo nos meus dois amores. - frisou a loira. 

_ Você não vai bater de frente com ele, estás maluca? - murmurou o morena. - Ele quase te matou. 

_ Amor, vamos deixar que a polícia faça este papel, não quero que ponha a sua vida em risco. - disse Juliette. - Vou contratar seguranças não apenas para a mansão, mas também para que lhe protegendo durante 24h por dia. - frisou. 

_ Tudo cuidado é pouco. Aquele louco continua solto. - resmungou Gilberto se encolhendo de medo. 

_ Tu é frouxo, viu? - resmungou Sarah rindo do jeito medroso do amigo. 

Juliette negou com a cabeça.

_ Não sou frouxo, apenas gosto de estar respirando. - frisou dando os ombros. 

_ Entendo! - murmurou deixando um beijo na nuca da menina que ainda dormia em seu colo. 

_ Antes de fazer merda, você tem que pensar nela. - comentou Gilberto se referindo a Duda. 

Sarah suspirou aliviada.

_ Eu sei! Você está certo. - respondeu-o. 

_ Eu sempre estou certo querida. - rebateu. 

Juliette não falava nada, apenas observava a conversa entre eles.

Uma Noite Apenas - Sariette (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora