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Mariana

-Mariana? Minha menina, quanto tempo eu não te vejo- Seus olhos se encheram de lágrimas.

Minha mãe brigou com a tia Rose, e então me proibiu de vê lá, quando eu tinha 6 anos, por isso ela parou de cuidar de mim. Ela era minha terceira mãe, eu a amava igualmente.

-eu também estava morrendo de saudades- Falei a abraçando forte.

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Eu acabei ficando por ali mesmo a ajudando nas coisas, enquanto colocavamos o assunto em dia, eu reparava nos olhares de Polegar sobre mim e é claro que eu tava adorando isso.

-E você e o Polegar estão se paquerando?- Perguntou enquanto cortava o tomate.

-Eu e o Polegar? Não, eu só o conheci hoje- Falei, fingi que não lembrava dele.

-Ata, é que essa troca de olhares né- Riu.

-Deve ser porque eu briguei feio com a puta dele-falei limpando as lágrimas que caiam enquanto eu
cortava a cebola.

-Quem? Qual delas?

-Uma tal de Paloma

-Ah sim, ela é uma das que mais corre atrás dele- Colocou o tomate picado em uma bacia.

-Ah sim.-Ficamos em silêncio.

-Sabe eu não gosto dele nessa vida, eu preferiria ele casado com uma moça decente, não ficar com essas meninas que se desvalorizam dando pra qualquer um. - E uma lágrima sua escorreu.

-Não fica assim tia, quem sabe mais pra frente ele não se casa com uma mulher boa, decente- falei a abraçando.

-Deus te ouça minha filha- Falou limpando as lágrimas. - Agora vai lá com as meninas se divertir um pouco- Falou me dando uns empurrãozinho

-Ta.-Fui até às meninas e elas estavam dançando.

-Vem dançar com a gente Mari. - Natacha me puxa.
Eu comecei a dançar no ritmo delas, a gente tava requebrando até o chão.

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Ficamos conversando a tarde toda até dar umas
18:00, eu e a Luisa ia ter que ir na igreja, mas a
Luisa insiste em ir nesse baile depois.

Estavamos voltando pra casa, quando vemos a madrinha com uma panela na mão.

-Fudeu Luisa- Nos entre olhamos.

-Fudeu mesmo- Falou quando a madrinha viu a gente.

-Corre- Falou e começamos a correr no meio da rua.

-Voltem aqui suas filhas da puta- Gritou correndo atrás da gente.

Entramos em casa e corremos para o quarto onde eu ia dormir.

-Vai tomar banho logo cara- falou pra mim-
Precisamos se arrumar avoando.

Peguei uma toalha e corri pro banheiro, tomei um banho, me depilei e sai enrolada na toalha e Luisa entrou no banho.

De Patricinha Mimada à Fiel de Traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora