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P.O.V
PARK JIMIN


— Bom dia Amara, podemos conversar?

Eu tô muito louco ao vir na casa dela a essa hora e soar tão simples assim.

Estou vestido casualmente se considerar que calça preta e blusa de gola alta e mangas longas também preta é algo casual.

— O que você… espera, estava me esperando lá na boate?

— Sim e não. – indaguei.

— Preciso que seja mais específico se não quer que eu ache estranho você estar na minha porta às seis da manhã – ela debochou.

Continuei olhando para ela em silêncio.

Aliás, o que exatamente eu iria falar?!

Céus. Eu tô agindo por impulso. Eu odeio isso. Uma das únicas vezes que fiz isso depois de adulto foi comprar uma multinacional por puro ódio de deixar que um concorrente o fizesse.

— Primeiro eu gostaria de entrar, sabe, a vizinhança pode acabar entendendo mal um homem desconhecido parado à porta de alguém que eles conhecem.

Amara pareceu lembrar que eu ainda estava do lado de fora.

— E claro, claro, pode entrar. – se apressou em autorizar minha entrada.

Caminhei vagarosamente pelo ambiente. A casa estava muito bem decorada em tons de creme e salmão. Móveis e tapeçaria escolhidos para combinar. Não era nada exageradamente caro e luxuoso. Mas tem muito estilo.

— uh… então, o que quer… conversar? – percebi hesitação em sua forma de falar.

— Eu quero me desculpar com você.

— O quê? – disse, unindo as sobrancelhas, em confusão.

— Naquela noite… na boate, eu-

— Olha, se veio dizer que foi um erro e que eu não conte a nenhum tabloide sensacionalista o que aconteceu pode ficar tranquilo que eu-

— Como assim? – disse, agora eu confuso

— Eu sei que você é um milionário extremamente bem sucedido que vive na mídia e eu não-

Interrompi sua fala de imediato

— Amara eu quero me desculpar por não ter voltado antes.

— O quê? C-como assim, o que tá dizendo? – indagou incerta

Ela foi pega de surpresa. Com certeza não esperava por isso.

— Eu… o que aconteceu entre a gente, ficou na minha cabeça por todo esse tempo.

A vi arquejar com minha fala.

— O que você quer dizer, de verdade? – falou nervosa

— Eu estou dizendo que você dançando, rebolando e entregue pra mim naquela noite, está em looping infinito na minha cabeça.

Ficamos nos olhando. Amara está com respiração acelerada. Os olhos estão ficando marejados.

Porra. Não era isso que eu esperava.

— Isso, isso é sério? – sua voz tremeu

— Sim. Mentir não faz parte do meu estilo. – tentei soar descontraído.

— Não acredito – sua voz foi quase um sussurro.

Puta que pariu.

— Como assim? – me vi começando a ficar nervoso.

Dance For Me || PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora