Dance For Me || PJM

003

P.O.V Park Jimin

02:48 AM

Sábado, 07 de março de 2020

Mansão Park

Raiva.

Era tudo que eu estava sentindo de mim mesmo.

A forma que eu me comportei com Amara está me fazendo ficar com cada vez mais raiva.

Agora aqui estou eu, de pé na varanda da minha mansão, olhando o extenso jardim florido que coloria a frente da residência, por conta da estação que estamos passando, primavera.

Dou mais um gole no meu companheiro de longa data, o uísque, e de novo as imagens de Amara rebolando naquele palco enchem meus pensamentos. Lembrar de como ela subia na barra de ferro como se fosse a coisa mais fácil do mundo, em como ela me olhava e em como aquela bunda mexia toda empinada em minha direção...

— Porra!

Eu já sentia meu pau ficando sem espaço suficiente na roupa.

Mas como um sonho que vira pesadelo, logo me lembro da forma que saí da sua presença. Eu fui um completo babaca em sair de lá sem mais nem menos, ela deve achar que não gostei de sua apresentação e também deve estar de chamando dos piores nomes possíveis. Não à condeno por isso. Ela tem toda razão do mundo para tal.

Aperto o copo que segurava com extrema força e num pico de adrenalina devido a raiva e a bebida forte, arremesso o copo em que antes havia o liquido cor de âmbar, numa das colunas que emolduravam de forma sofisticada a varanda. O barulho do vidro quebrando e do som estridente dos estilhaços caindo no chão não me fizeram sentir melhor do sentimento que estava me consumindo. E todo tesão de comecei a sentir ao lembrar de Amara se foi.

Volto para meu quarto, e me aproximo da escrivaninha que fica ao lado da cama King Size impecavelmente arrumada, já que, desde a minha chegada em casa não tive sequer um momento de sono por conta do que aconteceu. Alcanço meu celular e procuro o número da única pessoa que me pode me ouvir e me dizer o que fazer a respeito da merda de atitude que tive.

— Atenda logo, por favor - murmurei, enquanto esperava e ouvia o apito, sinalizando que o telefone em questão estava chamando. — cacete, atende... sei que ta’ acordada.

Após os segundos que mais pareceram horas, a voz feminina marcante e alta saudou com um xingamento

— Caralho, acho bom ser importante porque eu tô quase no climax da minha historia e você atrapalhou minha concentração, tigrão. - riu do apelido e esperou que eu falasse.

— Karol?

— Não, a princesa Tiana. - tirou sarro — é claro que sou eu! - Reviro os olhos com seu humor acido e logo a respondo.

— Primeiro, não me chame de tigrão, a época da faculdade já passou tem quase uma década, e segundo, só queria ter certeza que era você. Já me basta aquela vez em que a sua colega de trabalho atendeu e eu já ia começar a falar algo quando ela não segurou o risinho sínico e te entregou o celular, lembra? - Adverti de forma grosseira, estava com nervoso e queria descontar a frustração.

— Ei, ei, ei, espera aí, você não vai me ligar a essa hora e falar comigo como bem entende, ouviu? Se for pra ser idiota então vou desligar - disse de forma brava e percebi que ela realmente falava sério e que ia desligar

— Karol, não... espera por favor, porra... me desculpa... pretinha - mudei meu tom pra falar com ela, nessas horas eu tinha que engoli a pose de CEO frio e bajular minha melhor amiga e parceira de todas as horas