In another life, I was by your side [Renga/Lanreki]

Cold Rain

(...)

"Langa sentiu a chuva fria cair sobre seu corpo, encharcando suas roupas e ele olhou para cima, sentindo as gotas de chuva caírem sobre seu rosto e fechou os olhos, respirando fundo. O ar era frio e machucava seu nariz, o lembrando dos invernos congelantes do Canadá. Ele ouviu a voz de Reki e viu a silhueta do mesmo correr até onde ele estava. Sua visão estava um pouco embaçada e Langa não conseguiu ver o rosto do ruivo claramente, mas a voz do mesmo, chamando seu nome, era reconhecível. Ele tocou o rosto de Langa, retirando o cabelo que atrapalhava a visão do mesmo e lentamente o rosto do ruivo começou a ser visível..."

Novamente, Langa acordou assustado e se sentou na cama. Ele estava suando frio e levou as mãos até o rosto, querendo gritar de vergonha. Ele estava tremendo de frio e ficou confuso com aquilo, pois eles estavam no meio do verão ainda. Langa se levantou e saiu do quarto, para ir tomar banho. Ao abrir a porta do quarto, ele deu de cara com sua mãe.

– Oh? Langa? Bom dia… – Ela sorriu, enquanto estava indo para a cozinha. 

– Ah… Bom dia…

Langa piscou algumas vezes, sentindo sua cabeça ficar leve e seu corpo ficar ainda mais frio. Seus olhos se fecharam pesadamente e ele despencou, ouvindo a voz de sua mãe antes de tudo ficar mudo. 

(...)

O som dos pássaros cantando foi o que o acordou, ele não estava mais com frio e sentiu um pano molhado sobre a sua testa. Langa estava confuso e não se mexeu de onde estava deitado, somente olhou para o teto, tentando entender o que estava acontecendo. Ele conseguiu juntar forças o suficiente para se sentar na cama, retirando o pano que estava em sua testa. Langa se espreguiçou, sentindo como se seu corpo estivesse cansado e resmungou um pouco. Ele se levantou da cama lentamente e andou até a porta, a abrindo e saiu do quarto, um pouco desnorteado ainda. O apartamento estaria um silêncio completo, se não fosse pelo som de uma voz cantarolando baixinho. Essa voz… Era Reki!

Langa tentou correr e quase caiu, se apoiando na parede e olhou na direção da cozinha. Lá estavam aqueles cabelos flamejantes. Reki se virou e pareceu surpreso ao ver ali, mas logo ele sorriu. 

– Que bom que você já acordou! – Reki parecia tão calmo, o que era uma grande diferença com o coração palpitante de Langa.

– O que… Você… – Langa se atrapalhou com as palavras. – E a escola… Eu não…

– Já acabou o horário da aula faz um tempinho, sabia? Você dormiu o dia inteiro, pelo visto. – Reki riu suavemente.

Ele se aproximou e levou uma mão até a testa de Langa, sentindo a temperatura do mesmo e Langa estremeceu com o toque repentino da mão do ruivo.

– Sua febre parece ter abaixado. Que bom! – Ele sorriu e se afastou. – Você deve estar com fome… – Reki voltou para a cozinha e Langa se sentou em uma das cadeiras ao redor da mesa. 

– Como você… Sabia que eu… Estava mal… – Langa falou com a voz baixa, sentindo um pouco de vergonha. 

– Eu estranhei o fato de não te encontrar no mesmo lugar de sempre para a gente ir para a escola e decidi ligar para você para saber. A sua mãe atendeu e me avisou que você estava com febre. – Reki ficou olhando para onde Langa estava sentado e sorriu. – Eu perguntei se podia vir te ver depois da aula e ela me avisou onde estava a chave da porta.

Ele arrumou uma tigela de sopa quente na frente de Langa e talheres. Reki se sentou à frente do mesmo, sorrindo. Langa olhou para a sopa e começou a comer devagar, o sabor nostálgico da sopa que sua mãe sempre fazia quando ele estava doente. Langa se lembrou de algo e levantou o olhar.